#O QUE É ISTO - A ETERNIDADE?# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
"O
que é a eternidade senão ilusões e paixões desvairadas, alucinadas e
alucinógenas?!"
Sentimentos
afluem livres, tranquilos, à mercê das dimensões sensíveis, sarapalhas (às)
.meiguices do inferno, ode aos valores que eternizam, sátiras às in-verdades e
mentiras que glorificam as exegéticas heresias da con-tingência e das
facticidades dos verbos, aforismos aos versos de lírios e à verdade do eterno e
efêmero, é nas cordas das dialécticas e contra-dicções que equilibramos nossos
passos, cujos traços e marcas são a consciência e a liberdade, à prosa dos
questionamentos e indagações, a procura eterna da verdade, tributos às
hipocrisias e falsidades que saciam a fome e sede da solidão, cristalizando o
não-ser, o que é a eternidade senão ilusões e paixões desvairadas, alucinadas e
alucinógenas.
Obtusas
sorrelfas de compactas glórias, volúveis quimeras de ínfimos poderes, voláteis
fantasias de pequenos conúbios entre sonhos e desejâncias, egrégias efígies
ornamentam templos de falácias e verborréias, atrás das constelações a imagem
suprema de infinito resplendor re-fletida, às ad-jacências do crepúsculo,
mistério do outro lado do perpétuo, às sara-palhas da madrugada, enigma do
outro lado do des-perpétuo.
Equívocas
quimeras de "extensa" sabedoria, voláteis fantasias de mínimos
orgulhos da raça, estirpe e laia, susceptíveis criações de entre-laçamento das
mãos e das ideologias que ilustram com esplendor e resplendor o solipsismo, o
egoísmo, a imagem suprema da hipocrisia e da farsa, o século XXI perpetuar-se-á
hipócrita, estão atingidos os seus auspícios aqui e agora.
Bertas
turpa clara rila
Bone
mora sen dasfera
Nacli
suna, sora culo
In-auditas
idéias re-criam de in-versas mentiras das in-verdades as miríades de luzes
resplendendo lâminas de verbos defectivos que conjugam com excelência as
pectivas do etéreo, e as corujas no silêncio da madrugada de sereno de inverno
harmonizam o canto circunspecto e introspectivo das melancolias do que aos
poucochitos e cavalitas se perdeu no tempo, das nostalgias de éden que a-colhem
em si dentro as dimensões futuras das conquistas e realizações por intermédio da
liberdade de sentir e pensar, de se lançar à busca da vida, na querença do
sublime, as cintilâncias das estrelas velam as poeiras da estrada sobre as
folhas das pequenas plantações, as poeiras da metafísica da razão.
Furtiva
falácia do credo in-verso versando "ipsis caliptus" do absoluto sob a
contra-luz de obtusos éritos do infinitivo, a fênix re-nasce das cinzas, as
sereias des-frutam o movimento das ondas do mar tocando as docas, felizes e
alegres, con-templando os oásis do deserto com a doçura do lince dos olhares,
gaivota sobrevoa o vale, enquanto o saci-pererê baila à beira da lagoa,
Mefistófeles é crucificado atrás do montículo de terra, roda-viva de lendas e
mitos.
Nissu
poli rela sana
Dola
yara pera vola
Sisla
matra kina tora
Verbos
prosaicos de interditos significados e sentidos per-fazendo dimensões sensíveis
do silêncio e solidão que performam vestes dos retalhos e vestígios da imagem
das veredas que con-duzem à paisagem do universal con-templado dos auspícios da
colina sob a chuvinha fina e lenta que cai e o vale das orquídeas se re-veste
de lâminas de águas.
Brindar
para re-cordar as meiguices insolentes do inferno que desejam as volúpias do
prazer da entrega, ao querer a sublimidade das flores da liberdade.
Koru
lala lesse tana
Fuli
gras mardi es gale
Lota
pen ela luga sus imo
Rena
pala rele tala.
(**RIO
DE JANEIRO**, 25 DE JUNHO DE 2017)
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