#MARES-IFICANDO A NEBLINA QUE COBRE O CORCOVADO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Linha
do horizonte aninhada nas vãs esperanças perdidas esfumadas no silêncio da
solidão. Voar até à etern-idade onde o amor não seja efemeridade, onde a efemeridade
não cristalize as dimensões dos desejos de plen-itude, onde o sublime seja
reflexo do universo inter-estrelar, onde o divino pousa na folha orvalhada de
gotículas do além..., onde a liberdade esplenda as dimensões do ser e do tempo,
perspectivas da verdade e absoluto.
Plêiades
uni-versais do verbo trans-cendente de ex-tases. Leves plumas de volos
con-tingentes de volúpias da plen-itude. Meiguices voláteis de desejos do
silêncio-verdade. Carícias. Toques. Levitar e planar no infinito. Estrelas
vers-ejando em flores de sin-estesias, exalando perfume etéreo de sonetos
in-fin-itivos. Lua vers-ificando de orvalhos as folhas in-auditas do além.
Requinte do espírito perpetuado na chama de amar o belo, na fase balsâmica a
lua abençoa a melodia de sons, de brilhos. Brincar de sentir o vento descansar
na colina do eterno. Recitar de a-nunciações do desejo a orquestra dos
sentidos. Declamar de re-velações da vontade a sinfonia da esperança.
Emoções.
Sensações. Êxtases. Gozos. Clímax. Cintilar no sereno da tarde a inocência do
enigma místico do uni-verso. Esplender o fulgor num poema sublimado pelo
requinte do amor. Verbo divinizado. Idílios plen-ificados. Fantasias
eternizadas. Voar como o vento, ouvindo a melodia das águas ondulando a
harmonia do horizonte. Rouxinar o compasso do Eu/In-finito elevando ao sol o
brilho da verdade. Musicalizar o clímax dos sentimentos do vir-a-ser no
alvorecer ondulante pulsando o silêncio bemol da eternidade.
Vale
de melodiosos cantos esplendendo ao in-finito o verbo rítmico de sin-fonias do
tempo, as regências melodiosas de óperas do além. Oceano de edênicas ondas
ondulantes marejando a paisagem da praia povoada de gaivotas, mareando os raios
de sol incidindo na areia, mares-ificando a neblina que cobre o corcovado, em
movimentos de mágica, idílios arco-irisados de in-finitivos in-auditos da alma.
Sono
de outonos crepúsculos sin-estéticos inter-ditos de orvalhos sarapalhados à luz
lunar, res-plandecendo de uni-versais silêncios do espírito sonhos místicos
iluminando devaneios do mistério onírico do ser.
(**RIO
DE JANEIRO**, 07 DE JUNHO DE 2017)
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