#AFORISMO DA MORTE: DE PRETÉRITOS AD-JACENTES À SOLEIRA DOS VERBOS PERCUCIENTES?# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Caos na metafísica do inferno. Inferno na
metafísica do caos. Metafísica no inferno do caos. Só, solidão, sozinho andando
por entre os homens. Por um lado, isto é o que é, por outro é a terra. Terra de
vazios, terra de nadas, terra de cinzas. Mundo de forclusions, manque-d´êtres,
mauvaises-foi. Inverno, "templo" nublado, frio à luz do espírito, o além
re-vestido de sonhos, utopias do trans-cendente pre-figurando os lírios do
campo, con-figurando as orquídeas da serra, re-presentando o éden de sorrelfas,
o templo de utopias - inspiração, sensibilidade, verbo da plen-ítude compondo
desejos do ad-vir -, na alma perpassam angústias, tristezas, desconsolo,
desolação. Quiçá, transcendendo-me, inda qualquer a-nunciação, sonhos dentro de
utopias, dentro de ideais e idéias.
Inter-ditos da morte
E o des-conhecido de morrer
Náuseas da verdade absoluta
Perspectiva que é continuidade no tempo
Verbo da plen-itude, compondo desejos do ad-vir.
Amanhã será o ontem de hoje, ontem será o hoje de
amanhã, hoje será o ontem de amanhã? Nada. Nonada, Instante-limite. Travessia.
A re-velação do porvir é impossível porque a alma vagueia na lua cheia, pervaga
nas trevas, quiçá medievais, de pretéritos ad-jacentes, ad-stringentes às
contingências, náuseas da verdade absoluta. Quem fui ontem o presente diz haver
sido único e apenas o olhar as perspectivas da vida que é continuidade no tempo,
o verbo do ser se compõe ou compõe sua lírica na esperança do eterno e o eterno
se compõe na esperança do verbo.
A alma vagueia na lua cheia
O eterno se compõe
Trans-cendentes pre-figurando os lírios do campo
Além re-vestido de sonhos, utopias.
Idílios sorrelfam as magn-itudes do uni-verso
Às sara-palhas dos ideais a res-posta à
não-resposta
"DE PRETÉRITOS AD-JACENTES À SOLEIRA DOS
VERBOS PERCUCIENTES?", o que é isto?,
Gerundiando os partícipios de trevas e cosmos
Metafísica da des-plen-itude, poeira de
ads-emeritudes.
Se é que se possa acreditar, inda que se entregando
às fantasias do limite, o eterno se compõe, quais versos, estrofes, ritmos,
sinfonias, óperas, serestas, serenatas, acordes e musicalidade, na esperança do
verbo, tudo são medos da vida que são infinitivos do tempo. E quem tem medo do
sonho de amar o verbo verbaliza o absurdo de viver unicamente os inter-ditos da
morte e o desconhecido de morrer, tudo são justificativas, explicações de um
orgulho da espécie e da raça, estirpe e laia.
(**RIO DE JANEIRO**, 26 DE JUNHO DE 2017)
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