VOZES... O AMOR É AMOR# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA POÉTICA
A voz do
silêncio a-nuncia-me, distante, longinquamente, palavras dos sentimentos,
letras da verdade, SONS E SILÊNCIOS dos desejos e utopias; re-vela-me versos do
amor, carinho, ternura, carícia, entrega, trans-cendendo as meras perspectivas
do cotidiano, do dia-a-dia.
A minha
audição reconhece a melodia afável da palavra e a minh´alma alaga-se de
concórdia e claridade. Possuo a possibilidade de praticar em mim a brandura dos
verbos, de exercer em mim o saber do não-ser e a consciência dos pro-jectos a
serem lançados aos ventos do tempo, concórdia e claridade são luzes de uma
res-posta.
Fique ao meu
lado, alegria,
e eu serei
um amor nítido,
sorverei as
delícias da compreensão,
sabores do
entendimento,
absorverei
os paladares da entrega,
impulsionarei
um doar eterno, humano.
A voz da
esperança ouço-a nos interstícios do silêncio, nos recônditos da solidão,
dizendo-me verbalizar os desejos, vontades, tornar-lhes nítidos, transparentes,
cristalinos. É compor de atitudes e ações presentes o som musical do verbo-[de]-amar.
É composição de sentimentos e sensações do instante, é a verdade do silêncio
melodioso, sin-crônico e sin-tônico com o silêncio do ser.
Meu coração
sonha, minh´alma vive esperanças, sentem o amor que era longínquo, invisível ao
lince dos olhos, pulsando no mais profundo de mim. A alma sobrevoa campos,
mares, bosques, abismos e vales... (destino - a ec-sistência à luz dos
prazeres, do saber, da sabedoria mergulhar nas águas do rio.)
Fique ao meu
lado, satisfação,
E coordeno,
em tudo que originarmos, a afabilidade
dos verbos
E assim
con-templarei o quão
poderemos
emendar as actuações .
As dores da
distância, as janelas abertas, horizontes à frente a-nunciando outras
realidades, vivências, experiências, re-fazenda, re-novação, in-ovação.
Fique ao meu
lado, paz,
e eu serei
um carinho límpido,
ternura
nítida, transparente,
alimentarei
as guloseimas da interação,
ativarei uma
relação imortal,
sensível,
eterna.
Assim que se
nasce,
Abre os
olhos,
Sente os
cheiros do mundo,
Fazem o
homem se sentir pequeno,
Não lhe dar
tempo ao re-verso e in-verso de tudo,
Até que a
angústia, tremor, temor, náusea, a dor
É tão
profunda, abissal, abismática
Que ele nada
sente, sente mais nada.
Re-nascimento,
re-começo... O amor vivido nos interstícios da alma, sentimentos, emoções,
sensações, a-núncio de verdade espiritual, realidade vivencial, vivenciária.
Ouço a voz
da esperança, esperança antes abstrata, metafísica, liberdade à luz do que
há-de vir, uni-verso aberto à luz do porvir de felicidade, alegria, prazer,
contentamento, genética da alma, encontro, espiritualidade aos raios numinosos
do amor: "Eis luzes de questionamentos, perquirições... A liberdade é o
pão de cada dia, conquistá-la inda mais profunda requer a vida..", não uma
voz distinta e trans-parente dizendo quimeras, mas harmonia e melodia com as
vontades e utopias, deveria haver tido esta consciência ouvindo com os ouvidos
e escutando com o coração, cumpre-me apenas a decisão. Pro-jecto-a.
Fique ao meu
lado, felicidade,
e eu serei
um homem humano,
sentirei o
sabor do prazer,
do
sentimento fácil,
inteligível...
O homem
odeia quem é esperto,
perspicaz,
inteligente, sensível
e despreza
se é um imbecil,
até que
esteja tão desvairado, ensandecido,
Que não pode
mais seguir,
Defender e
vangloriar as regras dele.
Antes de
estar ouvindo a voz da esperança, sentia e pensava era destino perder os entes
queridos para a vida, "Libertei-me das amarras do destino", o coração
sonha o resgate do ser...
Fique ao meu
lado, amor,
e eu serei
tão fácil, tão simples,
darei saltos
de alegria,
seguirei
tranquilo o campo de algodão
rumo à
eternidade,
A
linguística meta sendo,
no percurso
e des-enrolar do tempo
dos ventos,
o de
centeio,
deambular-lhe,
devanear-lhe, perambular-lhe,
sentir-lhe...
O homem
sente, por vezes, medo
De o
encontro não cor-responder com o tempo,
Mas estou
sempre pronto para amar
À luz da
entrega e da doação do amor.
O amor é
amor!
#RIODEJANEIRO#,
07 DE FEVEREIRO DE 2019#
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