#NA REDE DA VARANDA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
Por vezes,
No silêncio
da madrugada,
Luzes
apagadas,
Sou a
vigília do sono
Que busca no
longínquo do mar,
Panorama de
esplendida beleza,
Onde a alma
procura o abrigo do uni-verso,
Onde o
espírito vagabundo vagueia
Nas
esperanças do in-audito,
Onde a
in-consciência vadia no tempo
Dos
in-auditos desejos da trans-{parência},
Re-colhendo
e a-colhendo as dádivas
Dos
mistérios místicos do bem e do mal,
Do amor e da
in-diferença,
Dos enigmas
míticos do verbo e do ser.
Não me sendo
sentimentos da solidão
Que a
escuridão re-vela,
Traz ao
eidos das utopias do belo,
Mistifico as
luzes que incidem no meio da rua,
Nas sombras
de lápides brancas e negras,
As árvores
das calçadas criam a sombra,
Mitifico os
raios de sol que incidem
Nas paredes
das casas,
Dos
edifícios públicos.
Não me sendo
emoções do vazio
Que o estar
deitado na rede da varanda
Que o
pretérito dos tempos em ondas de infinitivo,
Subjuntivo,
Gerúndio
- não
deveria ser "gerúndivo" para rimar?
se me
utilizasse do neologismo neste tempo verbal,
doutos,
artífices e doutos, produtores da poesia,
sacrificar-me-iam,
um herege da modernidade;
esta
liberdade caiu do galho,
há-de serem
outras as liberdades,
vulgares são
os ases universais -,
Particípio
traz-me a memória,
mitifico as
lembranças de manhã na praia,
Observando
as coisas, os indivíduos, as ondas do mar
Espraiando-se,
Numinosas
A iluminarem
o vir-a-ser dos sonhos.
#RIODEJANEIRO#,
25 DE FEVEREIRO DE 2019
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