GRAÇA FONTIS POETISA ESCRITORA ESCULTORA, PINTORA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O POEMA /**O INDECIFRÁVEL**/
Como
gostaria de expressar tudo que sinto ao ler esse Poema... com a mesma
sensibilidade, inteligência e arrebatamento nele contido!... Simplesmente
deslumbrante, sendo assim... É com prazer inenarrável e orgulhosa que assisto o
metamorfosear continuo e sensacional desse Escritor/Poeta, que em suas plenas
sensações inquietas/singulares persiste corajosamente em suas pesquisas
rastreando a perfeição, inovando-se, e no sempre e sempre APLAUSOS sempre....
Graça Fontis
Escrever é
mergulho infindável no abismo da alma - só inquietude, insegurança, dúvida e
medos pujantes. Tudo é incognoscível, ininteligível, incompreensível. Mister
persistir nesta viagem, inovando-a, mesmo imperfeita desejando e sonhando a sua
perfeição que é o Ser. A persistência faz a originalidade, a singularidade.
Escrever é
uma crença metafísica, aquela sobre a qual nossa crença na Poesia, na
Literatura, na Filosofia se baseia. Continuo pegando fogo daquela brasa que
acendeu uma crença de milênios. Faz uma diferença inestimável se um pensador se
coloca pessoalmente diante dos seus problemas, incluindo neles seu destino, sua
angústia e também sua melhor felicidade, ou tenta entendê-los impessoalmente,
isto é, resolve entendê-los tocando-os apenas com as antenas do pensamento. As
Artes afirmam um outro mundo além do da vida, da natureza e da história, e à
medida que afirmam este outro mundo despertam sonhos, utopias, esperanças.
Anos e anos
me foram levados nesta jornada, e o que aprendi foi apenas os sonhos e verbos
do Ser, e a cada passo o mergulho tem de ser mais profundo.
Manoel
Ferreira Neto
O
INDECIFRÁVEL#
GRAÇA
FONTIS: TITULO E PINTURA
Manoel
Ferreira Neto: POEMA
Espécie de
mergulho
nos
recônditos dos desejos
e que me
aguça
os sentidos
inteiros
e que me
extasia
os dons e vontades
- a urgência
de
metamorfoses
as
sis
te,
orgulhosa
e inquieta,
à presença
do caminho
a suceder
no
coração.
A bruma de
prata
flutuando,
pela manhã,
sobre os
prados inda
sonolentos...
A névoa
densa
Pairando
sobre
As águas
marítimas...
É o vestido
da
intimidade.
A
intimidade,
nua,
sente as
sensações singulares
- interação
do gozo e prazer.
Coloco
ordens frente a mim
com a
intenção
de vivê-las
inteiramente
- sei serem
uma obra
que
vislumbro e estudo,
a fim de
aperceber-lhe o fundo.
Sei ser
verdade
este desejo
- possuo engenho e arte,
possuo
habilidade e agilidade
de
transferir a dor
íntima
para a dor
da superfície
e, nesse
instante,
necessito de
anestesias,
morfina.
Lúcido e
consciente, vivo
as
afetividades e amor mais puros.
Penetro no
tempo de meus sentimentos,
retirando as
arestas das lembranças,
pondo em
evidência as emoções.
Há
sensualidade
e
afetividade
nos
poemas...
Talvez os
poemas sejam o real
na sua
forma, no seu estilo,
na sua
linguagem, na sua estética
e o indivíduo
se realize em plenitude.
Às vezes,
sinto serem superficiais
e não lhes
conheço o sentido por baixo.
Não sei o
significado a mostrar-se.
Talvez seja
eu real neles.
#RIODEJANEIRO#,
05 DE FEVEREIRO DE 2019#
Comentários
Postar um comentário