BURGUESIA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
A carne
fresca e destoante
Não
identifica o calor humano,
Resvala o
instinto na linha da iniquidade.
Lamentável
uma beleza sem essência
(apenas a
máscara a encobrir o nauseabundo).
A natureza a
servir de apoio
Do tempo
(medo da
velhice mais substancial).
Miríades
ondulantes de sêmen
Sem vida,
sem essência,
A molharem o
entrepernas.
Rumina a voz
esganiçada
da
falsidade,
da farsa.
Declama com
voz afinada
A lírica da
musiqueta
da simulação,
da mentira.
Entreabre-se
a emoção mascarada
da
superficialidade.
Ilumina a
escuridão mais profunda
nos olhos do
requinte.
Refestela o
sentimento mentiroso
nas bordas
das palavras
em gozo, em
clímax.
No ÁGUA NA
BOCA,
Pratos de
salmão e outras gulodices,
Etiquetas e
gestos de comer,
Posturas e
condutas especiais,
Mostram com
evidência os estômagos de excelência,
Conquistas,
glórias e poderes
São as
conversas ao longo do almoço.
Adultera a
verdade
no simples
toque dos olhos.
Morre a
esperança,
anula-se a
felicidade;
rui a paz,
elimina-se a
alegria;
resvala o
consentimento,
angustia-se
o bem-estar.
No mundo,
a vida lega
a luz a seres tão vulgares.
#RIODEJANEIRO#,
25 DE FEVEREIRO DE 2019#
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