ANA JÚLIA MACHADO ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA ENSAIA A PROSA #VERBO DE INTENÇÕES E GESTOS#
No que
concerne ao texto do Grande escritor, mestre e filósofo Manoel Ferreira Neto”
VERBO DE INTENÇÕES E GESTOS”, a primeira parte vou iniciar por facultar o meu
reconhecimento sendo o reconhecimento um sentimento tão encantador... Aumenta
onde sementinhas são arremessadas, desabrocha debaixo do astro-rei. De um
coração enérgico e benéfico, engrandece mais quando é meditado.
Sensivelmente
todos possuem razões para o agradecimento, quando figuras em nossas existências
possuem tempo para dividir e nos causar possuir erudição por bons feitos que
nós residimos em suas mentes e que elas se interessam pelo nosso ser do
pretérito, presente e do vir a ser. Os factos que você compõe, com tanta
intelecção e benevolência, atestam-me de agradecimento por haver a sua estima.
Grata, por
se incomodar comigo, presentear alento para prosseguir no campo das letras,
isso abrilhanta o meu viver.
Todas as
índoles podem transportar ao bem-querer e ao esto. Todos: o asco, a
comiseração, a insensibilidade, a reverência, a estima, o temor e até mesmo o
desdém. Sim, todos os sentimentos, salvo um: a gratidão. A gratidão é um débito
- todo o humano paga os seus débitos, mas o afeto não é numerário.
Retribuo
imensamente sem desprezar o propício e estimado sinal, o favor, a valia - a
prancha de redenção arremessada. Não tentando argumentar o atributo da lenha da
mesma, estimaria porém de não me sentir devedora de uma embarcação completa
quando me sugerem a recordação.
Contudo, não
posso deixar de passar em branco, o verbalizar a liberdade à busca do ser -
aproveito aqui a exibir o modo como Sartre vê o conceito de “liberdade” O ser e
o nada: Onde refere que ainda que a liberdade seja a tese da filosofia
sartriana como um todo, onde aclarando e correlacionando a temática da liberdade
com os principais conceitos de O ser e o nada. O ser e o nada, intitulada “Ter,
fazer e ser”, descreve a liberdade corpórea, em condição, em antítese a uma
liberdade abstrata. Ter, fazer e ser, são classes imperadoras da realidade
humana, que possibilitam iluminar o comportamento do para-si diligenciando,
incessantemente, ser um em-si-para-si. Sartre diz que com isso se pode perceber
o para-si a partir da actividade, em que esta é pura manifestação da liberdade.
A liberdade, nesse sentido, é entendida como nadificação, não tem âmago, daí a
censura de Sartre a toda forma de fatalismo. Em Sartre, a liberdade não é um
carácter ou característica a mais no homem, como se, além de ser homem, se
fosse independente. O homem é livre, liberdade e homem são a mesma coisa na
filosofia sartriana, em que se fazer, agir, ou seja, escolher, é arriscar ser
decididamente – o que resulta em ser condenado à independência e falhar. A
partir do modo como Sartre esquematiza a liberdade, é possível compreender que
um fundamento ou origem só pode fazer sentido e possuir interesse para uma
ação-escolha segundo um determinado projeto protótipo do para-si (de tentar ser
um em-si), o que acaba por descrever os conceitos de “angústia” e
“responsabilidade” correlacionados à liberdade.
O ser e o
nada, a liberdade não é uma categoria ou mais uma característica do para-si, é
sua formação ontológica. A liberdade não é, exerce-se, pois o para-si, mediante
a ação, excede sua condição, em investigação de, por intermédio de suas
preferências, conseguir o que supostamente seria o ser-em-si-para-si. Com isso,
chega-se na carência de abordar especificamente o modo de ocorrência do para-si
como agir, já que a independência, ser do para-si, se declara como ação de
sobrepujar a certeza exterior, o dado, o em-si como estado. A acção
patenteia-se como propositada, de acordo com o que Sartre chama de projeto
original, ou basilar, que nada mais seria do que o projeto próprio, corpóreo e
particular de cada para-si, o guia das atitudes e opções acessórias, a partir
de uma opção básica, mais natural. Aqui vale o esclarecimento de que Sartre
compreende o para-si como um para-si para-outro, ou seja: o para-si
constitui-se a partir da prática de ser contemplado pelo outro, mediante a
prova de amargar o observar do outro, tornar-se minimamente como em-si, em que
se sente como objeto, embora não saiba que tipo de objecto é, uma vez que esse
sentido só pertence ao outro, é interdito ao para-si ter ingresso ao modo como
o outro o projecta como em-si. E essa relação ocorre de forma mútua, daí Sartre
entender a ligação com o outro, ou a conexão entre percepções, como
particularmente irascível. “O inferno são os outros” porque o outro expulsa o
para-si de seu próprio mundo, ou seja, o encaixota em uma nova ligação de documentalidade
e utensilidade que é inerente ao esboço vital do outro, e não mais do para-si.
Este deixa de ser senhor da condição. Nesse sentido, Sartre vai dizer que o
para-si, na verdade, é um ser para-si-para outro, pois é mediante o outro que
para-si pode ser eleito como em-si O comprometimento do para-si se dá
necessariamente pelo fato de o para-si ser o ser que se define pela ação. Sua
“essência”, antecedida pela existência, só pode ser conseguida via uma
edificação, uma prova de expugnação, daí o entrelaçado do “ter”, do “fazer” e
do “ser”. O enigma é que os valores, ou seja, os sinais relativos ao projeto,
igualmente prescrevem, ou não se apoiam razoavelmente como um ser-em-si, não
sendo satisfatoriamente firmes para acautelar que a percepção tome noção de si
como conhecimento de liberdade e, para Sartre, logicamente, angústia. É na
constrição que o homem toma conhecimento de sua liberdade. O para-si se
atormenta porque descobre que suas atitudes, opções e resoluções não passam de
exequíveis, para serem tomadas e sustentadas, carecem ser continuamente reditas
e apoiadas pelo inerente para-si – que se defronta desamparado e isolado para
actuar.
Para
concluir, acerca da relação da “angústia ética” com os valores, que contemplo
no texto do escritor e que tenho tido como base de sustentação para o mesmo
Sartre. Existe angústia moral quando se aprecia em sua ligação modelo com os
valores. Estes, com efeito, são requisitos que protestam um motivo. Mas
fundamento que não poderia ser de modo algum o ser, pois todo valor que
fundamentasse a sua essência exemplar sobre seu próprio ser cederia por isso de
ser importância e executaria a anomalia de minha querença. O valor extirpa seu
ser de sua instância, não sua precisão de seu ser ...o valor só pode patentear-se
a uma liberdade activa que o compõe permanecer como valor meramente por
autenticá-lo como tal. Daí que minha liberdade é o ímpar motivo dos valores e
nada, plenamente nada, legitima minha aceitação dessa ou daquela gradação de
valores. ... E minha liberdade atormenta-se por ser o motivo sem prova dos
valores…
Além disso,
porque os portes, por anunciarem-se por natureza a uma liberdade, não podem
executá-lo sem deixar de ser colocados em contenda, já que a capacidade de
transtornar a gradação de valores surge, totalmente, como sua faculdade. A
angústia diante de os valores é a autenticação de sua idealidade.
Como se pode
constatar o autor no seu texto demonstra a angústia do ser e nada ser…
Posteriormente
de seria verbo-agonia, ditas do conjuntivo, o manancial e as lágrimas, o
chafariz e a árvore, a fonte e a lasca, desprezando representações inacabadas
de ópticas, procrastinando revérberos de claridades, no ornato do eterno a
carência do ser, os anexos do nada são pedras basilares do fátuo, a vida insensibiliza
o fenecimento, fenecer é absolutizar o oco das ninharias, emprenhando a
melancolia das ligações fragmentadas.
Ana Júlia
Machado
/**VERBO DE
INTENÇÕES E GESTOS**/
GRAÇA
FONTIS: PINTURA
Manoel
Ferreira Neto: PROSA
Dedicatória:
Às musas do
Amor/Entrega/Doação, Graça Fontis, da Cáritas do Intelecto e da Utopia, da
Amizade e do Reconhecimento, Ana Júlia Machado, o meu eterno beijo na testa.
Retrospectiva
de introspectivos pretéritos. O que passou no passado fica, o que é presente
presentifica o momento, efêmeros os instantes, na memória as vivências, há-de
vir o outro nas asas do tempo, nalguma galha da noite a coruja cantando a
árvore da permissão da esperança, de seu ser introspectivo o eidos do cântico
do conhecimento, liberdade à busca do ser, viagem do espírito por sobre as
contingências ec-sistenciais ao longo do universo, nas linhas do horizonte,
eidéticas as luzes do amanhecer, a natureza que res-plandece sonhos, os raios
numinosos do sol que alumiam a alma dos desejos e volos do eterno.
Onde de será
o efêmero-miríade, pedra de toque da alma eterna, que evangeliza o
livre-arbítrio do verbo incidindo seu ser no abismo vazio, no nada etéreo dos
genesis, no seio de Graça Fontis, a alimentar o espírito e a imagem do Ser em
Imagens do Tempo que constrói as dimensões sensíveis do Ser.
Ontem de
será a travessia-espelho, pedra angular do espírito subterrâneo, que esplende
as utopias re-nascidas das cinzas do perpétuo subjuntivo dos sonetos da
verdade, incidindo luzes no deserto do sonho amar o que res-plandece
trans-cendental e divino.
Ontem de
será a mística-iluminação do perene evangelizado de vontades do sublime, que
trans-eleva a inspiração da paz universal ao Everest do Divino, que visualiza o
versi poético, nas asas do tempo, tempo de sorrelfas líquidas escorrendo em
gotículas singelas nas vidraças quotidianas dos gerúndios milenares do
ser-carne do verbo;
Ontem de
será a nonada-imagem do ser-tao de veredas, sendas, alamedas silvestres de
particípios na esperança aberta às estrofes da História, a luz da verdade
incidindo nos pampas, inspirando o imortal resto de silêncio, solidão do resto
à composição versátil do antipoema universalizado de quimeras a vida à luz das
contingências do sempre-jamais sob a cintilância lunar dos lírios do campo;
Ontem de
será a Arte, origem do artista, o Artista, origem da Arte, "Com ou sem
rimas, nascemos poetas", solidão, fragilidade, insegurança, o uni-verso
res-plandece de brilhos e cintilâncias, buscamos a luz, desejamos o que nos
completa, queremos o verbo do ser que nos espelhe a imagem dos
elementos-da-vida.
Ontem de
será...
Ontem de
será...
Ontem de
será...
Amanhã de
seria o imperfeito pretérito o infinito da eternidade, que contingenciam,
imanenciam o machado português que versilha a árvore da sensibilidade à
cintilância, à Ana Júlia Machado, do gênio do trans-cendente que brilha e
cintila as luzes do ser-verbo da identidade;
Ontem será
Amanhã seria
Hoje era..
Ontem de
será etéreo-vazio...
Amanhã de
seria verbo-náusea, felícias do subjuntivo, a fonte e as águas, a fonte e a
árvore, a fonte e a lâmina, postergando imagens imperfeitas de perspectivas,
protelando reflexos de luzes, na moldura do infinito a falta do ser, os
ad-juntos do nada são pedras angulares do efêmero, a vida eteriza a morte,
morrer é absolutizar o vazio das nonadas, concebendo a nostalgia das pontes
partidas.
#RIODEJANEIRO#,
12 DE FEVEREIRO DE 2019#
Comentários
Postar um comentário