**VERTENTES: NADA-VOZES DE ABISMOS DA SOLIDÃO** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Vertentes de
equívocos,
Anjos do
Senhor,
O mundo se
encontra cada vez
Mais repleto
para aquele que cresce
Às alturas
da humanidade,
A vis
contemplativa e a visão retros-pectiva
Da obra me
são próprias, são-me singulares,
A vis
creativa,
Que se
encontra ausente do ser humano atuante,
Nada há que
possa elucidar, senão enorme vazio,
A
castanheira da liberdade
Deve ser
regada de tempos em tempos,
O que torna
o jardineiro sábio:
Colocar o
próprio fluxo de água nos braços
Aconchegantes
de uma sereia em uma doca
E assim
perquirir os mistérios sinistros dos
Lapsos de
memória.
Sendas de
melancolias, Anjos do Senhor, projetando édens de re-cord-ações enoveladas de
perspectivas da inocência que con-templa, no eidos do tempo, a felicidade plena
de verbos tecendo de versos as metáforas do amor e do bem, metáforas moventes
de semânticas do eterno, nas linhas hoirzontais do além, a ingenuidade do ser
perpétuo de iimagens que bailam nos re-cônditos da alma a sinfonia sin-crônica,
harmônica das con-tingências que se esvaecem, sobrevoando o silvestre de campos
idílicos habitados de estesias do alvorecer sob a esperança do Ser. Existe inda
um "acima" e um "abaixo"? Seria que não estivesse vagando
por aí através de um nada infinito?
Veredas de
nostalgias,
Anjos do
Senhor,
Trans-elevando
nas asas leves do
Verbo de
proscênios ampliando a visão da
Cortina que
se abrirá e no palco das
Linguísticas
diáfanas do sonho
A
performance do uni-verso sob a luz das
Poiésis do
divino tecendo de espíritos a
Essência das
fontes de águas cristalinas,
Em cujos
itinerários de travessias lua e estrelas
São guias
para o in-finitivo infinito e inaudível do
Silêncio que
a-nuncia as vozes do tempo,
Vozes de
rogos,
Vozes de
clamores,
Vozes de
agonias e lamúrias,
Vozes
antigas de verbos do prazer da paz e liberdade,
Vozes de
desejos e vontades do ad-vir revelado de Lembranças in-transitivas do genesis e
apocalipse.
Alamedas de
saudades, Anjos do Senhor, do que fora a plen-itude perpassando nas bordas da
pureza sensível, tecendo estrofes sin-estéticas do ser atrás do espelho dos
cosmos, re-n-"ov"-ando de pectivas as éresis do absoluto perfeito, as
iríadas efêmeras do nada obtuso que origina o caos do vazio esplendido de
vácuos, res-plendido de abismos da solidão de cem anos perpétuos, cem anos em
cujos tempos efígies das ampulhetas eivadas de saudades, ausência do sentimento
presente que se nutre do vir-a-ser da vontade do encontro, re-encontro para o
re-nascimento de outras esperanças além dos instantes-limites, aquis-e-agoras,
além do que trans-cende quaisquer trans-cendências, e outros inter-ditos de
inauditos mistérios pres-"ent"-ificando o espírito que jorra a alma
na fonte da vida em estado de concepção da carne e do verbo, das dimensões
trans-subjetivas do corpo que figura o movimento de gestos e passos à luz
diáfana e trans-lúdica do puro.
Se nada de
gauches zera
Ruminâncias
e gritos de medo,
Anjos do
Senhor,
Um ser que
não pode dispor sobre si mesmo
E que não
tem direito ao ócio dos ofícios,
A válvula de
escape para tão percuciente perquirição,
Se uma
árvore que cresce para o alto,
Orgulhosa,
vaidosa, pomposa,
Poderia
prescindir de mal tempo,
A cobiça e a
violência não são parte das
Condições
favoráveis,
Sem as
quais, na ausência das quais
Um
inestimável crescimento,
Até mesmo da
virtude e bem-aventurança,
Seria quase
impossível?
Res-pondam-me,
Anjos do Senhor, o que reside na liberdade de estratégias de dedos de prosa,
vazio e nada, mister, sine qua a perda do senso e das razões para o encontro
dos escárnios e mazelas da ironia e cinismo? O que há-de ser das sementes de
raízes os dedos de prosas e falácias, do húmus de sotaques dos pitis e
nonsenses?
Sucederia
que, ao final deste dia,
O há-de
afluir procrastina o sossego,
Preterindo
quimeras de ser – da – eloquência,
Hipoteticamente
brotando
As pétalas
do devir em rosáceas,
Cujos odores
extasiam
As crenças
solares do ultra,
Cuja
pulcritude da alma,
Guarnecida
de espírito,
Arrebata as
intuições,
Sobrepujados
de argueiros e fantasmagorias
Às azêmolas
do perene,
E o rigor do
limitado
De
literaturas "exaram"
O póstumo
título do "Ente",
Expugnam de
dogmas e preceitos
A bengala
que contribui para a andança,
Esbafejando
não seria que estivesse
O espaço
vazio,
Entoa o
Réquiem Aeternum Deo,
Entalhar,
lavrar a posteridade
Das
desvantagens e contrariedades,
Ad-vindas de
fora,
O pensamento
são as sombras das percepções,
Preceitua a
lápide da origem
Entrada ao
anteriormente era a eloquência,
Após a
carnação,
Carnação dos
temores,
Carnação dos
despojados,
Carnação das
ansiedades,
Carnação das
melancolias e taciturnidades,
Carnação dos
piáculos, escapadelas,
Carnação das
inculpas, constrições...
Só os
amásios das favelas
Engravidariam
as ociosidades da veras?
#RIODEJANEIRO#,
27 DE FEVEREIRO DE 2019#
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