#AFORISMO 994/ CHAMAS CREPITANDO LENHAS DE PERSPECTIVAS** - PROJECTO #OS 22 QUE ANTECEDEM O MILÉSIMO - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Efêmeros raios de sol, numinosos brilhos de presente "Ser",
luminâncias de pretéritos do “Tempo”, mistérios do im-perfeito con-templando o
espírito do perfeito, enigmas do perfeito velando o verbo de ser do
mais-que-perfeito, sibilos do tempo ritmando o ser, soul de melancolias,
nostalgias, saudades, jazz de tristezas, solidões, murmúrios de sofrimentos e
dores, deslizando suaves no crepúsculo de nostalgias...
Nostalgia do in-visível...
Sou sêmen. Semântica. Conceber no tempo o esplendor da imagem.
Sou semente. Linguística. Gerar no silêncio a excelência das
perspectivas.
Sin-estesia. Sin-cronia. Gerenciar nas travessias o resplendor da luz.
O diamante cortou o espelho do além. Centelhas de espectros.
Nostalgia do in-audito...
Peregrino de plagas celestiais.
Os astros rolam em numinosa procissão.
Há cantos de eternidade nos ermos distantes.
Luminosas esperanças de fin-itude outra perpassando o tempo de
in-finitos desejos do Verbo "Ser" tecendo ilusões em cujos idílios
nonadas re-fazem travessias, em cujas elegias pontes partidas re-criam espaços,
em cujas odes nadas tecem solstícios, comungam mistérios e magias em laços de
amor pelo que há-de vir de alegrias, dores, pelo que há-de ser de verdade.
Pelos projetos por virem no tempo, pelas utopias por se a-nunciarem no
vôo da águia, de outros caminhos e sendas em direção à plen-itude do in-finito,
em cuja essência habita o uni-verso, em cujo cerne habita o além, em cujo eidos
reside o eterno, trans-literalizado do sono profundo que sonha a verdade re-nascendo
de estrofes o ritmo do silêncio que re-vela a luz a iluminar o entre-árvores do
silvestre da floresta aberta às estrelas a guiarem o caminheiro do verbo
"brilhar", do neologismo "brilhança" a orientar o sendeiro
da luz, a guiar o peregrino do silêncio, “resplandecente”, outras gêneses,
princípios outros da alma que con-templa o espírito da vida é coisa divina das
terras de bem-virá à luz da solidão, levando alegria onde há paixão, levando
prazer onde há o saber, conhecer e fazer, ao espírito do silêncio, luminando
felicidades; onde há amor suprassumem vozes que murmuram ao peito o cântico de
pássaros na aurora de novo dia saudando a natureza, jubilando a glória ipsis
litteris do amor ao Ser-{da}-Vida, ipsis verbis da vida ao Ser-{do}-Amor de
poetas na poiésis do verbo declamando a fé , [“When I find myself in times of
troubles/Mother Mary comes to me/Whispering words of wisdom... Let it be”] na
esperança do amor se tornar a felicidade, da amizade ser o segredo de
ser-[de]-outro-eu, de boêmios na des-lucidez da alma e dos sensos, no des-senso
das idéias e dos ideais, dedilhando nas cordas dos amores não correspondidos,
dos fracassos dos sonhos não realizados, das quimeras molhadas no travesseiro
dos medos, de escritores na estética da utopia sertaneja versificam
palavras-esperança-e-fé a consciência-ética do Ser-Verbo-de-Esperança.
Só o Amor é a Esperança da Vida,
Só a Fé é o Sonho da Eternidade,
Só a Amizade é a Iluminação da Verdade,
Só a Liberdade é o In-fin-itivo do Tempo.
Oh, melancolia!... dos sítios distantes ou longínquos que não foram
bastante con-templados às primeiras luzes do dia, raios do sol, trinados de
pássaros, amados na hora passageira. Como amaria eu de lhes dar à distância o
toque esquecido, o gesto negligenciado, a ação suplementar. Invento-os eu,
minhas mãos desenham um semi-arco-íris, um barco à luz do céu por sobre as
florestas, um nublado que se esvaece e que des-aparece como num fogo de
imagens, chamas crepitando lenhas de perspectivas. Pers-pectivas: falar para
dentro não é estar avesso, antes de quaisquer antes, é ser mudo fora.
Manoel Ferreira Neto
(18 de agosto de 2016)
(#RIODEJANEIRO#, 08 DE AGOSTO DE 2018)
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