#AFORISMO 1011/ DIVINO ESPÍRITO DAS ARTES# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Flores despetaladas,
Livres abs-tratos do sublime,
A alegria repousa no silêncio,
No sentimento de comunhão eterna
Que está na origem da Pintura,
Letras, Música, da Arte,
Quem desenha os detalhes de alguma coisa,
Acredita ser capaz de ganhar intuições e inspirações
Outras sobre o ininteligível, sobre o in-visível,
O rabisco não é nada,
O risco – o traço – é tudo.
O risco tem carga,
É desenho com uma determinada intenção,
O pintor pinta com os olhos, não com as mãos.
O ato da pintura exige, quiçá, muito cuidado e esforço,
Suave emoção de trans-cend-"ente" verbo,
Singelos sonhos e esperanças pres-entes
Na pres-ença que pres-encia o ad-vir
De sentimentos puros, raios de luz
- essência do tempo -
Esplendem querências no horizonte de além.
Fascinação. Sentimento utópico, fantasia, delírios. Para a morte de um
re-nascer re-nascer de um sentimento, do sentido, mesmo diante do sofrer, mesmo
diante do nada e efêmero, do querer que tudo seja não como o vento, que passa,
da musa que inspira sentimento in-efável... um equilíbrio entre silêncio e
algazarra.
O espírito seduz de silêncio a divin-itude de travessias - volúpia. O
verbo do amor inspira a meiguice lúdica do eterno - êxtase. Vozes altissonantes
compõem cânticos aos versos efêmeros de desejos, às emânticas que cedem, antes
do verbo ser-de vontades do belo e estético, símbolos e metáforas do silêncio a
porvir de outros horizontes do espírito.
Manhã de magias desenha de luzes, na moldura do tempo, estesias de amor
plen-ificando, de nuvens brancas passageiras, o paraíso de utopias do belo, no
teatro do passado, que é a memória, o cenário mantém os personagens em seu
papel dominante. Miríades de segundos no deslizar dos ponteiros delineiam
sendas e veredas na continuidade sensível do amor, tecem caminhos silvestres
com o olhar eivado de desejos - clímaces. Amor de eternos desejos re-fletindo
no espelho do amanhã a imagem abs-trata do soluto-ab de pretéritos
melancólicos, nostálgicos, saudosos - prazeres.
Verbo da carne de esperanças
In-cidindo nas sombras do eterno
A efígie mítica do tabernáculo das letras
- solidão que existe na alma, que faz mergulhar na profundidade do eu,
na incerteza e na certeza,
na re-flexão e na meditação,
na compreensão do próprio eu.
A alma chora de crepúsculos o entardecer das ilusões, quimeras. O
espírito sorri de alvoreceres as verdades absolutas do vir-a-ser. Tarde de
con-templações, estesias imaginárias do po-ente res-plandec-endo de verbos as
pers-pectivas do "SER", burilando a essência do divino-espírito à
trans-parência nítida da Alegria Breve - felicidade. Caminhos de luz nas
trevas, iluminando o silvestre das etern-itudes - alegria. Águas limpidas, sem
fontes, sem gêneses, correndo os tempos da etern-idade - silêncio.
"O resto é silêncio",
Caminhos a serem trilhados à busca da plen-itude dos sentimentos de
amar, dos sonhos de compl-etude, do "ser" na melodia de ideais,
explicação duvidosa da vida, poesia inexplicável da vida, desejos, do
"não-ser" nas cordas do violão que entoa as notas do eterno e do
efêmero, da alma na dança musicalizada de emoções, trans-cendidos no ritmo de
arribas, desde confins ao infinito de todos os uni-versos, cujos ventos suaves
e serenos sussurram a gênese do perene no voo dos tempos, nas asas de idílios,
quimeras, fantasias do ab-soluto da verdade, do divino do espírito da vida,
verbalizados da travessia do amor ao eidos da essência, trans-elevados ao
"vento, à serra, ao mar,
Subindo em crescendo a sol po-ente...",
"... num lago sereno de azul e luar".
(#RIODEJANEIRO#, 17 DE AGOSTO DE 2018)
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