#AFORISMO 1025/ RAÍZES DE FOGO E VERSOS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Raízes do inverno,
Inspirando a alma a recitar o silêncio do frio
A contemplar as flores a desabrocharem na primavera,
Exalarem o perfume do sentimentos do belo,
Estesia do Ser e Templo-Verbo-Infinito.
Raízes de fogo, entrelaçadas nas achas da lareira, de cujas chamas
advirá o calor a perpassar-me o corpo, sensibilizar-me a alma para novos
sentimentos e emoções, para quimeras e sorrelfas outras, tocando-me o ser,
acariciando-me as dimensões do espírito, nascendo em mim inspiração para
sobrevôos pelas florestas, mares, abismos.
Raízes de palavras, tematizadas da linguística do sono seduzindo o sonho
a anunciar a memória das genesis da vida, da metáfora dos verbos assediando
temas e temáticas a indicarem o presente e o subjuntivo do além de todos os
horizontes e uni-versos, o gerúndio e o particípio de todos os espaços e
arribas.
Raízes de versos in-versos de re-versas intuições do belo e da beleza,
sensações da beleza do belo, entremeadas de desejos do sublime soneto, cuja
chave de ouro tece as linhas dos horizontes de além, a-nunciam o crepúsculo da
tarde eivado de luzes do vir-a-ser da noite iluminada de estrelas e lua,
re-velam o entardecer prenhe de a-nunciações do alvorecer.
Linhas do horizonte de além
Entre-cortadas de contingências de sonhos e verbos do amor
Performam o prelúdio da ópera do silêncio
Ritmos e melodias da música do tempo
Cancionando de etern-itudes da entrega e sedução
O sublime das esperanças do espírito de amar.
Raízes de dialéticas do ser e não-ser, entrecortadas de contingências de
sonhos e verbos do amor, projetando em mim luzes do eterno, alvorecido e
crepusculado de re-velações da verdade, trans-elevam-me às antípodas do
uni-verso onde querubins performam a dança da sedução e entrega,
trans-cendem-me ao longo do oceano onde sereias dedilham a harpa do tempo e do
ser, cantam a canção de etern-itudes das esperanças do sublime espírito de amar.
Raízes de ritmos e melodias da música do tempo, em sendo-em-sendo de
encontros e des-encontros, amores e des-amores, elevam-me o espírito,
sensibilizado de razão/vida, ao cume dos paraísos celestiais onde garbosamente
deambulo, perambulo, vislumbrando suas belezas e esplendores, con-templando as
águas do rio dos sentidos plenos, cantarolando o "lá-lá-rá-la" da
felicidade e da paz.
Raízes de nonadas e travessias, inter-ditas de ideais do perfeito e do
divino, entre-transliteralizadas de fantasias, utopias dos campos versejados e
vers-ificados de flores a exalarem o perfume inebriante do perene, compõem-me
na alma o prelúdio da ópera do silêncio a embriagar-me de êxtase e volúpias,
avant-premier da sinfonia da solidão a preencher-me de ilusões e vontades do
in-fin-itivo.
Línguística do sono
Seduzindo o sonho a anunciar
A memória das genesis da vida,
Verbo assediando o subjuntivo dos espaços e arribas
Bolinando o particípio dos sentimentos,
Templo-Verbo-Infinito
Estesia do Ser
Con-templando as águas
Do rio dos sentidos plenos.
(#RIODEJANEIRO#, 23 DE AGOSTO DE 2018
Comentários
Postar um comentário