ANA JÚLIA MACHADO POETISA E ESCRITORA ANALISA E INTERPRETA O POEMA/**QUIMERAS NA MAGIA DO TEMPO"
O universo carece das imensos chamas, não da espécime que açoita as
nossas origens, mas as enormes chamas que nos vertem semideuses, aptos de
converter o universo para um planeta mais repleto de questões perturbantes que
nos causam procurar cada vez mais as réplicas para interagir com a existência,
com o sublime, o favorável, a exultação, o espírito jovem, a absoluta dita, que
não concebe-nos derrubar ninguém, e que nos age contemplar o distinto como
fracção de nós.
O mundo carece das enormes contendas que, nos elimine da região de
bem-estar a qual residimos encarcerados e, nos coloque face a face com as
nossas destruições, para que consigamos desmoronara-las e, erigi-as
repetidamente com novos aspectos entre dos quais o universo consiga encarar-se
com o potentado e a energia para que, todos, agregados, consigam avassalar os
seus estorvos.
O planeta carece dos enormes triunfos paridos pelas enormes chamas.
Ana Júlia Machado
**QUIMERAS NA MAGIA DO TEMPO**
TÍTULO E ESCULTURA: Graça Fontis
POEMA: Manoel Ferreira Neto
O tempo perdeu-se de mim
Por isso per-vago
Anti-infinito
Por isso divago
Anti-espaço
Por isso perambulo
Anti-universo.
Adormecido
Ouço a cantata onírica
De meus idílios,
De minhas fantasias,
De minhas quimeras,
De minhas sorrelfas
Violino, harpa, violão
Citara
Dos encontros e conquistas.
Vela por mim
E murmura a cantiga do orvalho
Estou antes de tudo
Sem saber da metafísica
Estou antes de tudo
Sem saber da sabedoria
E antes de tudo
Estou versificando,
Versejando
A magia da estética imagem do pleno.
(*RIO DE JANEIRO*, 08 de dezembro de 2016)
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