POETISA ESCRITORA E CRÍTICA LITERÁRIA Sonia Gonçalves COMENTA A PROSA BALDIOS PRETÉRITOS DE AMANHA#
Boa tarde Manoel Ferreira Neto?? Graça Fontis a
vida é uma delícia, uma felícia atrai outra, sempre "ela" nos é
convidativa afim que provemos "estamos vivos", viva lá vida! Aos
poetas, escritores e artistas de um modo geral, cabe enfeitar, enriquecer, para
que faça nosso despertar mais lindo, mais precioso. Parabéns pra ti por ter por
perto alguém assim, Graça maravilhosa em todos os sentidos, não é à toa que tem
o nome de Graça, deveria ser "Graça Felícia Manoel Ferreira
Neto"pronto!! Reeditei a felicidade de vocês, esperando que tenham passado
um Natal maravilindo, felicito pelo tão lindo texto, subscrevo-me!! !Son com
carinho pra "tis".Bjos mil QUERIDOS <
Sonia Gonçalves
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Gracias muchas, Soninha Son, pela amizade e
reconhecimento. Passamos sim um ótimo Natal. Estimamos que também você tenha-o
feito com alegrias e felicidade. Estimamos o seu Ano Novo seja repleto de
conquistas e realizações.
Manoel Ferreira Neto
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BALDIOS PRETÉRITOS DE AMANHÃ#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: PROSA
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Prometi-lhe, meu Amor querido, Graça Fontis,
escreveria algo com uma das fotos de nosso Natal em casa de nosso filho-enteado
Júlio Cesar Fontis.
Feliz Natal, meu Benzinho lindo. Beijos no coração!
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Liberdade...
A morte na alma, o baldio nos desejos e querências,
o caos nos becos sem saída das ilusões e fantasias, sarapalhas de margens ao longo
de campesinas estradas de solidão e silêncio...
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A vida pulsa os ardentes sentimentos e emoções de
con-templar a distância, sabê-la, senti-la, conhecê-la, segui-la de sonhos e
esperanças, solitário vivenciá-la, a alma prazerosa, momento, instante de
sentir, assimilar éritos e éresis do in-fin-itivo, tudo atrás é lendário,
causos, mitos, lendas, mentiras, adiante outros cafundós, outras luzes
vagalumeando, outras neblinas, neves, garoas a cobrirem as serras, a impedirem
a visão além...
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Cor-agem, ousadia, deambular no des-conhecido,
perambular no in-audito, devanear nos mistérios e enigmas do verbo e do ser,
vagabundear nos becos escuros tendo apenas a lua e as estrelas como capachas da
desolação e abandono no mundo velho e sem porteiras...
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Signos, símbolos, linguísticas, semânticas,
metáforas nas bordas, fronteiras, cancelas e essências da vida que numina suas
novas perspectivas. Solitário, sozinho, verdadeiro re-presentante do vagabundo,
andarilho, jogado nas circunstâncias das náuseas con-ting-enciais, o mundo
caindo aos pedaços, a terra des-fazendo-se, dilúvio de absolutos, efêmeros,
eternos, até mesmo dos etéreos, mas, todavia, contudo, a querência do
"sou" no verbo das eidéticas do tempo, nas elipses das ipseidades das
trans-cendências, amanhã será outro dia, mesmo que os pretéritos de ontem antes
de quaisquer ontens e pretéritos tenham sido o caos da alma na morte, a morte
da alma no caos, apocalipse de genesis...
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Liberdade...
Os contrários se encontram no in-finito, os iguais
entre-laçam as mãos nas prefundas do inferno onde se aquecem dos invernos do
mesmo e mesmidades. Quiçá ninguém entenda e compreenda que as letras nascidas
no movimento da esfera da pena, jorrando tinta, sob o sabor delicioso de uma
bebida, transeuntes observando, ad-mirados, surpresos, espantados,
estupidificados - vale a pena tanta solidão, apenas com uma pena na mão? - sob
o sabor delicioso de uma bebida, negligencie, subestime os valores eternos, mas
as letras bordadas de góticos ornamentos são verdades do trans-cendente,
sentimento íntimo do ser livre verbalizando ausências da perfeição, a falta da
verdade incólume e insofismável, a falha das etern-itudes do bem e do mal...
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Liberdade. Solidão. Sozinho. Solitário. Deserto. E
me disseram: "Não sabe o que vai lhe acontecer!" Resposta simples:
"O mundo pode cair aos pedaços, não choro."
Sentimentos, sensações, emoções. Tristezas,
angústias, medos. O que são? Nada, nonada. Cumpre-se seguir, trilhar as
alamedas, nada é eterno, tudo é efêmero, breve sorriso no rosto, o sentido é
ambíguo, as perspectivas foram re-versadas, in-versaram-se as semânticas. O
in-verno no ser, carências, frio, nalgum sítio do in-finito lenhadores
aquecem-se com as chamas das lenhas que colheram na floresta de confins na
lareira do tempo, quiça com um cachimbo ou charuto no canto da boca...
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Liberdade. Abertas as venezianas da noite, o vazio
ao longe, claridade diáfana, abertas as janelas da madrugada, luzes e raios de
sol - amanhecer?, aurora de um novo tempo? alvorecer de outros sonhos e
esperanças? Nada disso. Janelas da madrugada abertas. Silêncio.
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Liberdade não é fazer o que se quer, mas querer o
que se faz. Frase de efeito, lugar-comum. Ser livre é trilhar as alamedas da
solidão, seguir só as sendas e veredas do nada, nada é eterno, tudo é efêmero,
alfim a sabedoria de o In-finito ser o porto de onde à distância sente-se
profundo, as estradas trilhadas, a consumação dos feitos queridos, os éritos
tornam-se legendas do tempo, tornam-se lendas do não-ser, abrem-se as frestas e
frinchas, trajecto... verbo... sentimento...
#riodejaneiro, 25 de dezembro de 2019#
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