CÉU POVOADO DE CAULES E TALOS GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto/GRAÇA FONTIS: PROSA
À mercê das dúvidas ou, talvez, das quimeras da
verdade cujas características primordiais, se vistas por intermédio das lentes
de pincenez, seriam diametralmente adversas aos princípios da investigação e
avaliação do ser, não-ser, aparência, o que re-velaria hipocrisias de naipes os
mais escusos, o precipício por onde dirigia os passos, o resultado insofismável
sendo queda, quiça para sempre caindo, se é mesmo real não haver fim, fundo no
abismo...
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Refaço os prismas de pensar o pensamento que pensa
o porvir, intenciono ou almejo, não sabendo ora distinguir o que melhor define
e conceitua os desejos e utopias dos sons da eternidade que se apresentam nas
regências do vivido, do tempo, o que distinguir como bússola, intencionando o
auto-retrato da busca e do que patentear o sentimento de haver posto a
liberdade em questão, o nada e o vazio arrancando das contingências da vida e
do existir, a partir da criação e criatividade do próprio destino, se a
continuidade da observação da verdade dos sentimentos que se fazem ao longo do
quotidiano...
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Sendo do lado de cá ou lado de lá, haja o
descortinar da ignorância para que visualizemos novos horizontes sob as lentes
da sensibilidade na descoberta de outras belezas inda que pudicas e ocultas na
desesperança residente no futuro e nas subjetividades a imperarem as esperanças
solenes e discretas acomodadas em desuso num canto qualquer do cérebro povoado
de caules e talos umedecidos pelo beijo do pólen genealógico na árvore
patenteada pelas perdizes à hora de recriarem-se na casa da interalidade cujo
exílio torna-se céu esferoidizado expondo o álbum e suas velhas fotografias
estampadas nas margens excursionistas da existência como testificação ou...
simplesmente sugerir o inexplicável e sem sentido, apenas, tamborins
quadrangulares nas dançantes diferentes de raças e ideologias na foliação
dissociativa das dúvidas e incompreensões a perdurarem-se nas constâncias dos
paradoxos humanos ao caírem na realidade abstrata que movimenta o mundo
presentificando uma clarividência por vezes intolerável a aceitação ou não,
segundo o grau inteligível de cada um dentre os fundamentos, temores e enigmas.
#riodejaneiro#, 08 de dezembro de 2019#
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