SONIA GONÇALVES ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA A PROSA #ITAPUAÇU: ONDAS, MARÉS E ARTE#
Que Lindooo Manoel Ferreira Neto! Uma linda prosa, você se sai muito bem
na prosa, que segundo eu saiba é bem mais difícil em compor que a poesia, pois
não se pode perder o fio da meada e manter a atenção do leitor, durante todo o
percurso da leitura.Parabéns! Fez isso com um primor de qualidade!!! Bjos!...
Sonia Gonçalves
#ITAPUAÇU: ONDAS, MARÉS E ARTE#
GRAÇA FONTIS: FOTO
Manoel Ferreira Neto: PROSA POÉTICA
Minas não há mais,
E agora?
Nas ondas do mar
Des-aprendi a linguagem
Com que o passado se comunica,
Melancolias, nostalgias comungam-se.
Meu coração cresce
Entre a praia e as marés
Oh, vida presente,
Ausculto as águas inundando
A criação de outras auroras!
Solen-itudes, Serenidades
Solenes
Sublim-itudes, sublim-idades
Sublimes.
Assim caminhará a mineiridade ao longo do tempo, pretéritos e presentes
são melancólicos outroras, a nostalgia do futuro são as pérolas da eternidade,
representadas pelo sublime do desejo, humildade da razão, simplicidade da
esperança.
Alvorecer de espectros perspectivados de luzes diáfanas, iluminando de
pensamentos da liberdade as idéias, do tempo as utopias do ser da verdade que
perpassa horizontes e uni-versos, finitos e in-finitos, serras e aléns, pão de
açúcar e aquéns solsticiando as re-vezes das dialéticas, os re-versos das
contradições, nada e vazio vagueiam nos liames da alma e espírito, assim
caminha o ser subjuntivo do verbo literário da gnose.
Peren-itudes, peren-idades
Perenes
Perpetu-itudes, perpetu-idades
Perpétuo
Silêncio re-fletido atrás do espelho da solidão, a imagem límpida de
perspectivas re-velada nos auspícios da luz, ribalta do absoluto, tablado do
vazio, camarim de travessias, cores e arte fazem a face simples da nobre
imortalidade.
Crepúsculo de contingências da solidão incondicional entre o sentimento
da a-nunciação do desejo e a emoção frígida da nonada habitando profundo a
sorrelfa do paraíso perdido, o sol também acorda, levanta, brilha, após dormir
de conchinha com a lua, soninho gostoso, leve como a pluma da leveza, como a
insustentável leveza do ser.
Re-vers-itudes, re-vers-idades
Re-versos
Angústia...
Volúpias. Êxtases. Sou o que não sou e não sou o que sou. Efemerizo o
ser de mim. Absolutizo o não-ser para verbalizar a esperança e sonho da vida
que se olha e sente o olhar do além sob a querência do vento sibilando desde o
eidético crepúsculo do abismo aos auspícios poiéticos do celeste em cujo espaço
perambulam e vagam soltos e livres...
O resto é silêncio...
#RIODEJANEIRO#, 24 DE SETEMBRO DE 2018)
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