#DO EU-NUNCA, A POIÉTICA DA ALMA# GRAÇA FONTIS: PINTURAS/Manoel Ferreira Neto: DESENHO Manoel Ferreira Neto: POEMA
Concílio de deuses entupigaitados
de dogmas e preceitos para o
mergulho idiossincrático nas
prefundas
da verdade que nada é à luz
das imperfeições perfeitas do
sublime,
das radiantes e resplendentes
perfeitas imperfeições
nas trevas do Absoluto que, vazio,
se projeta no espelho ainda não
consumados
o croqui do póstumo,
o desenho do perene,
a pintura do sempre
a imagem do eterno,
a escultura do para-sempre,
a música desértica do espírito
quiçá trabalhe com lápis de cor francesa,
os efeitos são esplendorosos,
a imagem do perpétuo, das perfeições
imperfeitas do fim insofismável e incólume,
e o inaudito baila saltitante de
prazeres
a marcha fúnebre das angústias e
náuseas
do eu que nunca re-vela a poiética da
alma,
querubins contracenam com vôos rasos
a tragicomédia abissal das emoções
multifaceladas de pretéritos do
não-ser,
subjuntivos do apocalipse,
particípios do arco-íris das trevas,
gerúndios da noite de divagares,
devaneios,
infinitivo cogitar os equívocos,
dispersões, o olhar sereno,
momento de puro êxtase,
sublime gozo da inocência...
multifacetadas de declinações
do há-de conjugar os genitivos
do instante-limite,
do absurdo,
do nonsense.
#RIODEJANEIRO#, 16 DE SETEMBRO DE
2018)
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