#DEUSA DO PERFEITO SEMBLANTE DO HORIZONTE# Manoel Ferreira Neto: DESENHO - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: PROSA
O sonho re-presenta a vida. Fantasias. Idílios. Ilusões. Quimeras.
Silêncio de solidões pres-crevendo nos templos do absurdo os mantras
inolvidáveis que numinam o efêmero de esperanças, o nada e querências.
Verbo de luzes. Semântica de solstícios perpétuos. Linguística de
perspectivas do além re-fletido no espelho côncavo de imagens convexas, se é
que se pode acreditar a face do absoluto seja vista trans-parente e nítida, sin
qua non intenção de esplender as nostalgias e melancolias acumuladas ao longo das
imperfeições pretéritas, paradisíacas da plen-itude visualizada por intermédio
das frinchas do tempo. Saudade do perfeito semblante do horizonte
refestelando-se no ínterim dos raios de sol e as cores fulminantes, diáfanas do
arco-íris.
Quem é você? Qual o sentido de todas as suas lutas?
Náuseas da con-ting-ência manifestam nítida e nulamente a alegria breve
seduzindo a notívaga solidão que é o lirismo da lua e estrela velando o ritmo e
melodia da canção na vida do boêmio em posição voltada para a Medina dos
fundamentalismos do niilismo.
Amanhã será o pretérito do genesis do apocalipse sob a cintilância das
meiguices insolentes do inferno, à mercê do vento que sarapalha a poeira das
veredas, crepúsculo de brumas e brilhos só visível através do lince metafísico
dos gerúndios do verbo e particípios do Ser, volúpia do prazer e gozo das
nonadas sin-cronizadas com os vazios de confins e arribas, harmonizadas com as
angústias e tristezas da vida frustrada, quando alguém só possui a alternativa
da morte em consequência de qualquer "sim" ao longo de estar jogado
no mundo.
Quem é você? O que significa o seu sacríficio? Você então é o que todos
pensam de você?
Lua e estrelas enamoram-se. Alvorecer e luzes seduzem-se com semânticas,
linguísticas, sentidos e metáforas. Arco-íris e coriscos amam-se
apaixonadamente. Tudo isso para a revelação da mauvaise-foi dos princípios
éticos e estéticos do nada, alfim o nada é supremo, egrégio, lídimo na
trans-modernidade do pretérito e jardim sáfico-paradísiaco da imortalidade.
Sem inspiração que numina as esperanças e sonhos, que ilumina as utopias
e sorrelfas, imperfeitos e pretéritos se re-vestem dos instantes-limites que
originam o movimento retrógrado para a arte das contradições e dialéticas,
nonsenses, a ec-sistência facilita a glória e sucesso da interrogação do que
seja a alma das insolências meigas do abismo que re-presenta o sem-limite.
Sem inspiração... Sem arte, sem sonho e esperança. Sem nada. Contudo, na
janela do peito, veneziana do quarto, con-templo a efígie de ouro, a deusa do
perfeito semblante do horizonte no santuário-basílica do verbo há-de ser a
sublim-itude solícita da perpetuidade, idiossincrática do divino... Ad-juntos
ad-nominais dos termos essenciais do nada desejando a vida.
Quem é você? O que significa o seu sacrifício? Você então é o que todos
pensam de você?
Lá nos confins do uni-verso a imagem da cara das ipseidades. La nas
arribas do horizonte a perspectiva da fisionomia das deidades.
No além das não-inspirações, a katharsis do manque-d´être produzida com
a éresis e iríadas da mauvaise-foi.
#RIODEJANEIRO#, 20 DE SETEMBRO DE 2018)
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