DIVINO ESPÍRITO DAS ARTES# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA PROSAICO
Flores despetaladas,
Livres abs-tratos do sublime,
A alegria repousa no silêncio,
No sentimento de comunhão eterna
Que está na origem da Pintura,
Letras, Música, da Arte,
Quem desenha os detalhes de alguma coisa,
Acredita ser capaz de ganhar intuições e
inspirações
Outras sobre o ininteligível, sobre o in-visível,
O rabisco não é nada,
O risco – o traço – é tudo.
O risco tem carga,
É desenho com uma determinada intenção,
O pintor pinta com os olhos, não com as mãos.
O ato da pintura exige, quiçá, muito cuidado e
esforço,
Suave emoção de trans-cend-"ente" verbo,
Singelos sonhos e esperanças pres-entes
Serenas intuições e percepções do invisível
Na pres-ença que pres-encia o ad-vir
De sentimentos puros, raios de luz
- essência do tempo -
Esplendem querências no horizonte de além.
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Fascinação. Sentimento utópico, fantasia, delírios.
Para a morte de um re-nascer re-nascer de um sentimento, do sentido, mesmo
diante do sofrer, mesmo diante do nada e efêmero, do querer que tudo seja não
como o vento, que passa, da musa que inspira sentimento in-efável... um
equilíbrio entre silêncio e algazarra.
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O espírito seduz de silêncio a divin-itude de
travessias - volúpia. O verbo do amor inspira a meiguice lúdica do eterno -
êxtase. Vozes altissonantes compõem cânticos aos versos efêmeros de desejos, às
semânticas que cedem, antes do verbo ser-de vontades do belo e estético,
símbolos e metáforas do silêncio a porvir de outros horizontes do espírito.
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Manhã de magias desenha de luzes, na moldura do
tempo, estesias de amor plen-ificando, de nuvens brancas passageiras, o paraíso
de utopias do belo, no teatro do passado, que é a memória, o cenário mantém os
personagens em seu papel dominante. Miríades de segundos no deslizar dos
ponteiros delineiam sendas e veredas na continuidade sensível do amor, tecem
caminhos silvestres com o olhar eivado de desejos - clímaces. Amor de eternos
desejos re-fletindo no espelho do amanhã a imagem abs-trata do soluto-ab de pretéritos
melancólicos, nostálgicos, saudosos - prazeres.
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Verbo da carne de esperanças
In-cidindo nas sombras do eterno
A efígie mítica do tabernáculo das letras
Ícone místico da taberna das idéias
- solidão que existe na alma, que faz mergulhar na
profundidade do eu, na incerteza e na certeza,
na re-flexão e na meditação,
na compreensão do próprio eu.
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A alma chora de crepúsculos o entardecer das
ilusões, quimeras. O espírito sorri de alvoreceres as verdades absolutas do
vir-a-ser. Tarde de con-templações, estesias imaginárias do po-ente
res-plandec-endo de verbos as pers-pectivas do "SER", burilando a
essência do divino-espírito à trans-parência nítida da Alegria Breve -
felicidade. Caminhos de luz nas trevas, iluminando o silvestre das etern-itudes
- alegria. Águas limpidas, sem fontes, sem gêneses, correndo os tempos da
etern-idade - silêncio.
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"O resto é silêncio",
Caminhos a serem trilhados à busca da plen-itude
dos sentimentos de amar, dos sonhos de compl-etude, do "ser" na
melodia de ideais, explicação duvidosa da vida, poesia inexplicável da vida,
desejos, do "não-ser" nas cordas do violão que entoa as notas do
eterno e do efêmero, da alma na dança musicalizada de emoções, trans-cendidos
no ritmo de arribas, desde confins ao infinito de todos os uni-versos, cujos
ventos suaves e serenos sussurram a gênese do perene no voo dos tempos, nas
asas de idílios, quimeras, fantasias do ab-soluto da verdade, do divino do
espírito da vida, verbalizados da travessia do amor ao eidos da essência, trans-elevados
ao "vento, à serra, ao mar,
Subindo em crescendo a sol po-ente...",
"... num lago sereno de azul e luar".
#riodejaneiro#, 17 de agosto de 2019#
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