#CHAMAS CREPITANDO LENHAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
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Nostalgia do in-visível...
Sou sêmen. Semântica. Conceber no tempo o esplendor
da imagem.
Sin-estesia. Sin-cronia. Gerar nas travessias o
resplendor da luz.
O diamante cortou o espelho do além. Centelhas de
espectros.
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Efêmeros raios de sol, numinosos brilhos de
presente "Ser", luminâncias de pretéritos do “Tempo”, mistérios do
im-perfeito con-templando o espírito do perfeito, enigmas do imperfeito velando
o verbo de ser do mais-que-perfeito, sibilos do tempo ritmando o ser, soul de
melancolias, nostalgias, saudades, jazz de tristezas, solidões, murmúrios de
sofrimentos e dores, deslizando suaves no crepúsculo de nostalgias... segredos
do in-fin-itivo corroborando o núcleo dos verbos defectivos, anômalos, e as
ipseidades rejubilam-se de proscrições e gozos, de heresias e luxúrias.
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Nostalgia do in-audito...
Peregrino de plagas celestiais.
Os astros rolam em numinosa procissão.
Há cantos de eternidade nos ermos distantes.
Há cânticos de esquecimento nos chapadões, vales.
Há réquiens para Matraga, para José no
instante-limite da liberdade.
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Luminosas esperanças de fin-itude outra perpassando
o tempo de in-finitos desejos do Verbo "Ser" tecendo ilusões em cujos
idílios nonadas re-fazem travessias, em cujas elegias pontes re-criam espaços,
em cujas odes nadas tecem solstícios, comungam mistérios e magias em laços de
amor pelo que há-de vir de alegrias, dores, pelo que há-de ser de verdade.
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Pelos pro-jectos por virem no tempo, pelas utopias
por se a-nunciarem no vôo da águia, de outros caminhos e sendas em direção à
plen-itude do in-finito, em cuja essência habita o uni-verso, em cujo cerne
habita o além, em cujo eidos reside o eterno, trans-literalizado do sono
profundo que sonha a verdade re-nascendo de estrofes o ritmo do silêncio que
re-vela a luz a iluminar o entre-árvores do silvestre da floresta aberta às
estrelas a guiarem o caminheiro do verbo "brilhar", do neologismo
"brilhança" a orientar o sendeiro da luz, a guiar o peregrino do
silêncio, “resplandecente”, outras gêneses, princípios outros da alma que
con-templa o espírito da vida é coisa divina das terras de bem-virá à luz da
solidão, levando alegria onde há paixão, levando prazer onde há o saber,
conhecer e fazer, ao espírito do silêncio, luminando felicidades; onde há amor
suprassumem vozes que murmuram ao peito o cântico de pássaros na aurora de novo
dia saudando a natureza, jubilando a glória ipsis litteris do amor ao
Ser-{da}-Vida, ipsis verbis da vida ao Ser-{do}-Amor de poetas na poiésis do
verbo declamando a fé , [“When I find myself in times of troubles/Mother Mary
comes to me/Whispering words of wisdom...”] na esperança do amor se tornar a
felicidade, da amizade ser o segredo de ser-[de]-outro-eu, de boêmios na
des-lucidez da alma e dos sensos, no des-senso das idéias e dos ideais,
dedilhando nas cordas dos amores não correspondidos, dos fracassos dos sonhos
não realizados, das quimeras molhadas no travesseiro dos medos, de escritores na
estética da utopia sertaneja versificam palavras-esperança-e-fé a
consciência-ética do Ser-Verbo-de-Esperança.
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Só o Amor é a Esperança da Vida,
Só a Fé é o Sonho da Eternidade,
Só a Amizade é a Iluminação da Verdade,
Só a Liberdade é o In-fin-itivo do Tempo.
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Oh, melancolia!... dos sítios distantes ou
longínquos que não foram bastante con-templados às primeiras luzes do dia,
raios do sol, trinados de pássaros, amados na hora passageira. Como amaria eu
de lhes dar à distância o toque esquecido, o gesto negligenciado, a ação
suplementar. Invento-os eu, minhas mãos desenham um semi-arco-íris, um barco à
luz do céu por sobre as florestas, um nublado que se esvaece e que des-aparece
como num fogo de imagens, chamas crepitando lenhas de perspectivas.
#riodejaneiro#, 19 de agosto de 2019#
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