#GENTILEZA VÃ DO TEMPO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
Das origens,
a copa frondosa de árvores
Já vi
árvores carregadas de folhas viçosas, frutos
Baloiçando
ao vento, respingadas das brisas da madrugada
Já as vi
destituídas de única folha, secas, mortas...
Pensamentos
leves, idéias suaves,
Acasos de
crepúsculos, ocasos de anoiteceres,
Brisa
serena,
Sentimentos
a-nunciados nos interstícios almáticos,
Distantes as
imagens que se lhes re-velam
Nada pairando
tranquilo no vento,
Vazio
flutuando calmo na neblina da colina,
Silêncio,
nada se lhe ouve, qualquer nota,
Que
id-en-tifique átimo de som,
Solidão, eis
a súpera sensação tão almejada,
Longe das
coisas, distante dos objetos,
Nada de
homens ao redor,
Desfrutando
a tarde do bosque,
E se me
ouvirem con-versando com os sibilos
De vento
entre montanhas, as nonadas da orla marítima,
Simples
banquete de palavras,
Comemorando
a liberdade
De vivenciar
instantes efêmeros,
Passageiros,
etéreos, arrasbiscando de cor-agens
O
espírito...
Ah, passagem
das horas nos ponteiros lentos do relógio,
Ah, passagem
dos instantes nas idéias
De sonhos da
existência
Ah, passagem
dos desejos
Do que
supera e suprassume contingências...
Nada é
concebível...
Vazio é
inteligível ao ritmo das utopias
Para compor
as linhas da multiplicidade das esperanças,
Pudesse
des-conhecer, como aqui e agora,
A falsa
gentileza vã do tempo,
O que é doce
agora, amanhã será amargo,
Bengala hoje
na mão, ontem garlopa...
#RIODEJANEIRO#,
26 DE ABRIL DE 2019#
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