*HISTÓRIA DE AMOR** - Manoel Ferreira


Há tantas lindas histórias de amor na Literatura. Histórias que se tornaram universais, eternas, lidas, relidas, translidas até hoje. Os corações dos leitores pulsam, sonhos e esperanças do Amor, da felicidade, da alegria. Despertam o leitor sim para o encontro do Amor.
Nada crio, nada componho, se em mim não sinto, se não me habita. A minha criação depende substancialmente das verdades na alma. Há muitas coisas que gostaria de escrever, mas não são de minha realidade. Quem sabe algum dia venham a sê-lo.
História de amor era algo que gostaria de escrever. Tentei duas vezes, a partir das minhas relações com as minhas ex-mulheres, acabaram não sendo "história de amor", estava equivocado: não as amava. Os escritores enganamo-nos em demasia com o Amor. Criamos o Amor em nós por alguém, mas no quotidiano des-cobrimos tudo não haver passado de ilusão, fantasia, ficção pura.
Não sou homem que espera do Amor o absoluto, a verdade, a pureza, a singeleza. O amor é humano: traz em si todas as dimensões humanas, desde os problemas às conquistas. Esperava do Amor apenas a dimensão humana, a minha dimensão humana. Numa outra dimensão: "A insustentável leveza do ser pode-se traduzir ao transbordamento da felicidade".
O amor aconteceu na minha vida. Muitos problemas em todos os níveis antes de assumi-lo, não fora fácil. Angústias e vazios faziam de mim um "zumbi". Como escritor, não queria afastar-me deles, eram os meus "utensílios" de jornada na Literatura, na Filosofia. Ao mesmo tempo, era mister que eu vivesse a minha identidade, amor da essência de que é feito o ser humano. Muitos problemas aconteceram, mas rendi-me ao amor.
Decidi então escrever um romance. Do vazio à plen-itude do amor. Quê tarefa árdua! De início, senti-me inseguro, não seria capaz desta façanha. Mas quando presenciei tantas curtições dos amigos, curtições até de quem não conhecia. Os comentários... Neles, as amigas cobrando de mim que Sérgio e Berenice vivessem o amor que lhes habitava, amavam-se demais, tinham direito a viver o grande amor. Ouvi os pedidos das amigas. Estão eles agora vivendo o grande amor. Sérgio precisava de um norte na sua vida, de uma bússola que o acompanhasse na vida, saísse das angústias e do vazio, entregasse-se ao amor, à plen-itude do amor.
Não é tão simples escrever um romance on-line. Escrever o capítulo e publicar, escrever o capítulo e publicar. Fica-se à mercê dos leitores, suas opiniões, suas exigências... Mas isto para mim está sendo muitíssimo mágico, um esplendor mesmo.
Vamos em frente. Vou contar essa história que está cativando tanto os leitores. Um romance de travessia...



Manoel Ferreira Neto.
(31 de março de 2016)


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