#RUAS DA NOITE E DOS EQUÍVOCOS🏹# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
***
Há um
túmulo sem cruz, sem flores,
porto
sombrio, rastro sobre o mar...
Há uma
porta aberta para a claridade e para a escuridão,
e um
aroma, que conheço,
sobre
leito abandonado, desolado,
perfumando
o lençol, a coberta, o cobertor,
transpondo
as venezianas semi-abertas...
***
Epopéia
dos jogos da mente...
Ainda
quando peregrinava sozinho,
perscrutando
os olhares duvidosos, inquiridores, incompreensíveis, ininteligíveis,
olhares
de escárnio:
"de
que tinha fome a minha alma,
nas ruas
da noite e dos equívocos?",
sem
direções, rumos, veredas,
sem
destinos,
E quando
andava nos dormentes
da linha
de trem de ferro,
equilibrava-me
no trilho, a quem imaginava encontrar,
o que
intencionava fundamentalmente atingir, alcançar?
Era um
ser bisonho que desejava partir,
desde que
pudesse ver a luz do fogo?
Era voar
para dentro de mim, até que...
Chegaria
o instante da última viagem,
sem
volta, sem retorno.
Cansaram-me
as peregrinações.
***
Plen-itudes
estéticas do sublime versando na luz o brilho linear de pers estrelares
pectivando o além de estilísticas!
É hora de
os homens admitirem que nada neste mundo faz sentido. Só tolos e charlatães
pensam que sabem e compreendem tudo. Quanto mais estúpidos são, mais amplos
supõem ser seus horizontes. E se um alguém resolve declarar que não entende
nada do que vê, isto por si só constitui uma considerável clareza na esfera do
pensamento e um grande passo à frente.
***
Exultando
salmos da liberdade laminada de ideais,
sonhos e
esperanças do vir-a-ser de horizontes sagrados,
theos e
nous do espírito
vers-ificam
sonéticas semiologias enveladas
nos fios
tênues e frágeis de metafísicas
do além
tempo
sonorizado
de silêncios ritmados e melodiados
com as
notas inter-ditas
de
metáforas sin-estésicas com as ilíadas oníricas
da
verdade da fé e do símbolo sagrado,
da
mentira dos pecados capitais e do signo pagão,
das
inverdades da alma e o espírito
sob a luz
do pensamento e o mundo,
artes,
religiões, gaias ciências,
Ascese
das travessias do ser-tao de sublim-itudes
ao
tao-ser divino sin-cronizado
com os
verbos do sonho plen-ificar o espírito do ser.
***
Ex-tases
trans-cendentais da sensibilidade verbalizam númenes lunares sob as égides
semânticas de sonhos templares - qualquer coisa des-conhecida há a meu redor,
olhando-me pensativa, seria que temesse dizer a verdade, é o gênio maligno?,
olham-me os linces da resposta não ser temer ou ter medo de dizê-la, mas
dizê-la singular e serena; interstícios subjetivos de sentimentos trans-versais
versejando teogonias de in-fin-itivos in-finitos de ventos uni-versais da
verdade una que versam compostos da poesia mística e mítica da etern-idade,
para além do bem e do mal, prelúdio edênico de silvestres veredas, sibilando no
espírito de verbos espirituais, a vida do SER-DE PUREZA.
***
Ex-tases
con-tingenciais
das
idéias e pensamentos
proseando
abismos da alma
sob a luz
do
FOGO DAS
PAIXÕES E DELÍRIOS NA SOLIDÃO...
#RIO DE
JANEIRO, 26 DE ABRIL DE 2020, 07:39 a.m.#
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