#MARIA FUMAÇA RUMO AO ALÉM DAS EVIDÊNCIAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
Post-Scriptum:
As minhas
sinceras gratidões à inestimável amiga Sonia Gonçalves pelo presente BLOG
"BO-TEKO DE POESIAS - 24 DE NOVEMBRO DE 2015/24 DE NOVEMBRO DE 2018
Abaixo as
Tessituras de Linho
Alinhando o
in-finito perdido nas teias
No tempo que
não temporaliza a liberdade
Da
Maria-Fumaça que segue os trilhos,
Rumo ao além
das evidências,
De lado e
outro, abismos,
Que se
contorce e pende nas curvas.
Abaixo as
Tessituras de Linho
Que
contextualizam os vazios do Ser,
Do Não-ser,
da Náusea,
Trazendo de
longe a morte do sonho,
As cinzas do
eterno, do imortal, do perene
B elle Époque...
O-rnamentos
de outros estilos, linguagens,
-
sentimentos de uni-versos que esplendem luzes
T-empo de
sensibilizar as dimensões do espírito de sonhar
E-lementares
visões do eterno e divino
K-atharsis,
Koinonias
O-nde no
espaço da liberdade criar, re-criar quimeras
D-onde
lembranças de pretéritos longínquos, quase olvidados,
E-lencar as
tecituras de globais trans-formações.
P-oesia na
meiguice elástica dos s-ons, o-rações lancinantes,
O-lhos
faiscantes para que as visões n-ão nos deixem sozinhos,
E-scutando
apelos, í-ntimas suspiros à espera da inspiração,
S-ilêncios
rigorosos noturnos através de outras palavras,
I-nner, e as
abelhas esvairão o mel,
A-lguma
coisa de extraordinário se a-nunciando
S-olidões do
verbo e do ser.
G-osto de
compor minhas medidas,
O-u gosto de
criar minhas trilhas a serem palmilhadas
N-as
sensações do pleno, do divino, do nada, vazio,
Ç-á-qui
ressoando para re-flexão das verdades existenciais
A-cima das
ilusões, fantasias, férteis imaginações
L-avrando os
diamantes e cristais dos tempos e do ser,
V-ertentes
de Maria Fumaça rumo ao Vale de São Francisco,
E-stou
sensível e sou outras curvas do caminho,
S-iguesagueando
as purezas da viagem.
Mestria das
conexões, sinais, verbos,
Execuções
descobrem-se na naturalidade,
Impulsividade
da fictícia incorrecção do ser…
Procure o
sentido da incorrecção do ser
À claridade
da mestria que a escora e protege…
Conhecerei
que a todo o instante habito,
Sofro,
avisto,
Considero o
instante de que careço… que é divino, exemplar, Elementar…
Que me
desloca, dispõe,
Impulsiona
na rédea da autenticação
De quem sou
e o que concebo aqui…
Que se
conheça a assentar, resfolegar visceralmente…
Que se
instrua a acalmar
E hospedar
este regularizado intelecto…
Que se
instrua a acreditar…
Que se
instrua a estacar…
Que se
aprenda a observar…
Que se
instrua a enlaçar…
Que se
instrua a aguardar…
Que se
instrua a narrar…
Que se
instrua a venerar…
Que se
aprenda a admirar a pulcritude do trilho…
Com toda a
mágoa, angústia,
Tristeza,
temor e anelo de se avistar livre, ditoso…
São essas as
energias que me impelem…
Tenho
erudição para aceitar
A
luminosidade deveras se conheço a escuridade…
Tenho
vernáculo para con-sentir
Os brilhos
resplandecentes das trevas,
Escuridade
só é verídica na inexistência da claridade…
De nada
antecipa pretender alumiar a escuridão
Com luzinhas
de materialismo ideado
Com
chamazinhas de achas respingadas de orvalho…
Sou
episódios para a perspectiva, infindável desperdiçar-se.
Hoje, sou a
anamnese olvidada, sou a idade que já partiu
Sou como os
tracejados no pojo que as lágrimas já safaram
Sou como as
iras que a imensidão já transportou.
Sou esse
vazio que te atesta, sou a quimera da tua imaginação
E teu
mutismo. Sou tua reflexão em fútil.
Abaixo as
Tessitura de Linho!...
Quem vai
contextualizar os fios
Que
com-puseram o linho?
Não quero
rir de felicidade:
Quero a
felicidade rindo de tanto
Sentir o
prazer de ser feliz,
Emocionar
com a alegria da felicidade,
Sensibilizar
com a verdade quotidiana da busca
Com o sonho
nas mãos.
Não quero
debulhar as contas do terço,
Rogando a
redenção e ressurreição:
Quero todos
os pecados lucilando nos recônditos da alma.
Não quero
alvorecer com os pássaros trinando no ipê amarelo:
Quero uma
tempestade daquelas anunciando o novo dia.
Tenho muita
coisa a fazer
Para ficar
alinhavando as tessituras das angústias da felicidade,
Das
tristezas melancólicas, nostálgicas, saudosas
Do amor que
se foi esquecendo a si próprio nas marolas das ondas marítimas,
Não quero o
despetalar de "bem me quer/mal me quer":
Quero a rosa
no jardim, respingada de orvalho.
Não quero a
poesia poetizando a poiésis do poema:
Quero
simplesmente palavras sem semânticas e linguísticas.
Não quero
cartas dizendo o meu destino:
Quero o
destino jogando as cartas aos naipes do eterno.
De nada
apressa imaginar eu sou ditoso, eu sou querença, eu sou pacificação, eu sou
independente, surripiando a plangência penetrante que me ocupa, ou a mágoa que
somente são o resultado instintivo do bem-querer que eu sou…
Como poderei
identificar uma realidade pretendendo a todo o instante azular, surripiar,
anular a distinta? Não tem sentido racional…
Preciso
identificar a natureza elementar onde me abranjo e que se acha além de físico,
intelecto, sensações, sensibilidades…
Poderei
transitar os dias da minha existência focalizado em “aperfeiçoar” a minha
notabilidade, paridade, corpo, sensações, sensibilidades, ligações,
enclausurado à alucinação de que isso será a entrada de investida para a minha
independência, sentido de quem sou… mas estaremos unicamente representando
vagamente...
Careço ir
mais além… compreender que eu não sou a minha índole, paridade, físico,
comoções, sensibilidades, ligações… que isso somente é uma minúscula constituição
daquilo que sou…
Obtusas
pectivas de hereges ex-tases
Do espírito
que ornamenta e arrebica
As cogitans
res do pórtico cócito das sorrelfas do pleno
Com a
incólume e insofismável vacuidade
Dos eternos
pretéritos
Subjuntivando
os gerúndios de declinações
Do
in-fin-itivo no jogo lúdico das defecções florando as incongruências efeméricas
do nada
Em cujos
in-fin-itivos interstícios residem
A
ab-solut-idade obtusa
De
sentimentos e emoções da náusea vazia
De cânticos
cancioneiros da magia misteriosa
Do perpétuo
evangelizado e biblicizado
De nonsenses
e vulgos do in-finito.
Lá no alto
da colina passam ventos,
Caem
orvalhos,
Sarapalham
neblinas,
O catavento
dos im-pretéritos gira
Às in-versas
da verdade,
Em cujas
bordas os solstícios do crepúsculo
Pre-figuram
e con-figuram
De efígies o
sacrário das ilusões
Da redenção
e ressurreição.
Assim
conseguirei admirar cada uma dessas matérias, especuláveis em mim e
acarretá-las, orientá-las, sustê-las, enlaçá-las, querê-las, independente da
iludida valia que lhes faculto comparativamente à dita que sou, aqui e hoje.
A execução
será enriquecida de porte, naturalidade, autenticidade, encargo…
Cada
impedimento, estorvo no trilho, um rebo precioso que se cinzela…
O nada que
nos transporta a angústia. Pois, o nada é a completa contestação da totalidade
do ente. As tessituras de linho são a in-completa, in-congruente,
in-consistência do abismo à luz do celeste sem estrelas, sem lua. O nada se
patenteia na angústia, mas não enquanto ente. O nada nos fiscaliza
simultaneamente com a evasão do ente em sua plenitude. Na angústia se patenteia
um recuar, esse recuar arrecada seu ímpeto inicial do nada. A nadificação não é
nem uma aniquilação do ente, nem se ocasiona de uma desmentida.
O inerente
nada nadifica. É a prática do nada, não mental, mas emotiva, que concebe o
sentimento de angústia - anuência da inerente finitude.
A anuência
da inerente finitude é relevante para todos nós.
A vida se
fosse perfeita era uma apatia total….e a perfeição é pura ilusão…ela não
existe.
Apenas
existe para quem não sabe o que é a vida. Abaixo as Tessituras de Linho.
Café-com-pão-manteiga-não!...
Café-com-pão-manteiga-não!...
#RIODEJANEIRO#,
22 DE NOVEMBRO DE 2018)
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