*ETERNO ETERIZADO DE SILÊNCIOS - PÔQUER DA SABEDORIA E DO CONHECIMENTO* GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA ONTOLÓGICO
Epígrafe:
"Enquanto
sorrindo, prazeroso, o mar de outras ondas se abre"(Manoel Ferreira Neto)
Dedicatória:
Dedicamos,
minha amada e inestimável Esposa e Companheira das Artes, Graça Fontis e eu,
aos rapazes do Pagode ontem, 11 de novembro de 2018, no QUIOSQUE DA ANY e Cesar
Fontis, na Praia da Luz.
Silêncios
Silenciando
silenciados vazios,
Vazios
silenciados silenciando silêncios;
Silenciados
Silêncios,
silenciando o nada,
O nada
silenciando silenciados vazios e abismos;
Silenciando
Silêncios
silenciados do efêmero
Gerúndios do
tempo
Sendo a
travessia dos pretéritos ao presente,
Particípios
do ser
Sendo a
passagem do presente ao há-de
Vir do
eterno eterizado de silêncios;
Infinitivo
dos ventos do além
Per-{vagando}
os verbos e sonhos,
Per-[fazendo]
as essências e utopias
Re-#fazendo#
as esperanças e desejos,
Re-@artificiando@
os ornamentos e arrebiques,,,
De versos
reversos inversos
De estrofes
ad-versas, trans-versas
Os volos do
in-audito
Os
paráclitos do in-inteligível
Os paradoxos
do logus, da psiquê,
Andreías(coragem)
de Liberdade,
Fortaleza da
Consciência, utopias do Ser.
Ratio
sublime
Do não-ser
sendo o ser
Do ser sendo
o não-ser,
O
ser-não-sendo-do-ser
Inauditos
silêncios da alma.
Silenciando
silenciados silêncios
Miríades de
memórias reveladas no espelho
De
horizontes longínquos, perspectivas de sentimentos
Aqui, lá, em
qualquer lugar
Ali, em qualquer
sítio do bosque,
A choupana
guarnecida
De calor,
gotas de ideais chuvilhando no chuveiro,
Floquitos de
orvalho in-vernal tocando o vidro da janela,
Imagens-pretéritos
perpetuando instantes de melancolias,
Retratos
d´outrora perenizando momentos de prazer,
Prazeres
pretéritos trans-elevando desejos inconscientes
De tempos
passados nas asas livres e soltas
Do há-de
vir, do vir-a-ser, do porvir,
Tristezas e
melancolias do sonho quiçá inda plausível
De
recuperação, resgate - sabedoria, primeira lição,
Esperanças,
sonhos, sínteses do passado e presente
Na longa
estrada do tempo, o ser revelará
As dimensões
do eterno, as circunstâncias do efêmero
No tempo
contínuo das veredas, o não-ser
Apresentar-se-á
descontínuo às luzes diáfanas
Aos raios
numinosos da manhã, às sombras
Do
crepúsculo que trans-cendem o anoitecer
Sem
estrelas, sem lua...
Solidão do
silêncio, silêncio da solidão
Do silêncio,
a solidão; da solidão, o silêncio
Da solidão
do silêncio, conjugados, entrelaçados,
Sentimentos
suaves, ternos,
"Cuidado,
benzinho, há uma poça de lama,
Pule-a",
Do silêncio
da solidão, as coisas efêmeras da existência.
Silenciados
silêncios silenciando
Verbos de
lembranças à revelia do inconsciente
Apocalíptico
de genesis aquém do caos
O caos é a
origem do cosmos
O cosmos é a
origem do caos,
Aqui, lá, em
qualquer lugar
Do
inconsciente que regencia com primor,
Categorias à
parte,
Regencia de
pré-posições sensíveis e eruditas
Jogos da
mente, Pôquer da Sabedoria e do Conhecimento,
No efêmero
tempo das origens, o vazio precedia
As
perspectivas de nonadas do eterno,
Princípio do
nada, sêmen do não-ser,
No eterno
tempo do genesis, o nada precedia
Os ângulos
de travessias partidas de universos,
Nestes
tempos em que os olhos
Comem as
coisas,
Degustam-lhes
as imagens e telas da in-verdade,
Fim do
absoluto, término das essências,
Derradeiros
eternos da fé no além,
Início de
sentimentos eivados de dimensões almáticas,
Preâmbulo de
etern-idades nas trilhas do tempo...
Silêncios
silenciados, silenciando
No deserto
de reflexões as angústias e tristezas,
Iluminando à
beira-mar de meditações
Desejos e
utopias do nada-vazio
Útero da
concepção, criação do aquém-além,
Do
além-aquém do ser não-ser, do não-ser ser
Vontades e
ideais do vazio-nada,
Corpo da
vida, volo de buscas, querências
Do
além-eterno, eterno-além,
Os rapazes
pagodeiam suas liberdades e músicas,
Casal de
artistas, tranquilos e serenos bebericam a cervejinha,
As gentes
divertindo-se tagarelam quotidianos, prazeres,
Existir é
lema, luz, projeto
Corpo de
baile,
Amor,
paixão, entrega, delírios, devaneios,
Nas estrelas
e constelações, entrelinhas
Entre
nonadas e vazios,
Inscritas as
mãos dadas,
A liberdade
do Verbo Amar, o Amor à Liberdade do Verbo,
Das
Regências da Solidão e Silêncio,
Das
Gerências da Liberdade e Utopias,
Pagode do
corpo, Luz e Ondas nas areias da entrega,
Dialética da
iluminação,
Iluminação
da dialética
No todo que
nos norteia.
#RIODEJANEIRO#,
12 DE NOVEMBRO DE 2O18)
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