IMPROCEDÊNCIA VÃ DAS APARÊNCIAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Graça Fontis/Manoel Ferreira Neto: PROSA
Luzes de
silêncios e algazarras perspassadas pelos sopros do vento, o sol nascendo, já
a-nunciando o calor ser infernal, não havendo quaisquer meios de evitar, o
progresso inda não alcançou este nível, mas a noite minguante será fria, aquele
friozito pauliceiano, o que é sob quaisquer prismas de visão, inteligência,
intelecto, percepção um "baita" contra-senso, contra-dicção, já
id-ent-ificadas as estruturas serem feitas dos mais penosos suplícios, quando à
soleira de alguns sobrepujam incautos e des-traídos, quanto a mim regozijo-me
deles codimentando todos os sais da humanidade ao deixar o ardor da piedade
fortalecer-se na solicitude incorruptível, prevalência, triunfal intuito de
melhor servir uns e outros nestas toscas e grosseiras terras.
Sobre as ondas
fosforescentes daquela angústia e náusea de coisas pretéritas e no concernente
ao presente apenas algumas volúpias da liberdade tornar-se epitáfio pelas
atitudes e compromissos. O que hoje seria de ontem foram devaneios exalados e
borrifados na vontade desvairada dos vazios a serem vento de silêncios... além
das águas...
Além das
águas sacramentando pré-concebidas dores, todavia aprovando-me constrangido
como navegador ataliota ao embrenhar-me nos pensamentos, ao embrenhar meus
pensamentos na improcedência vã das aparências casuais e ação ilegítima dos que
agem sem compadecimentos e uma cortina pendente da janela que encobre erros,
honras e segredos.
Nos átimos
instantes de vislumbre do que me fora de segredos, inverdades das verdades
ilícitas, e o que me é de destino e enigmas da alma em suas eidéticas procuras
do sublime que é apenas alcançável por intermédio das contingências, através
dos suplícios e náuseas das algazarras sem origens, falácias da integridade dos
valores. Apesar dos pretéritos, o presente é mágico, artificiar as magias de
palavras e sons dos ex-tases da liberdade, o que se torna impreterível o
despreendimento na construção do peculiar e próprio caminho para o homem de
coração inquieto, quanto ao que é e suas querenças e desejanças, quando o seu
coração ouve todos os cânticos em lamentos evidenciados nas manchas a turvarem
os olhos da desilusão ocultos de outros alheios e inexpressíveis submissos às
in-verdades habitadas por detrás das manhãs de todos os séculos e milênios.
Abóboras das
sorrelfas e desvarios do eterno/eternidade nas mãos vazias de sementes e frutos
dos inauditos ritmos e melodias das sagas originárias das intemperanças e
inquietudes das marcas e passos nas orlas das ilhas sáficas e safadas do
próprio tempo nas asas da águia de solidões e silêncios sobrevoando as
tragédias da sabedoria e conhecimento nas mãos entupigaitadas de escusos
pensamentos e utopias ridículas da estética e ética.
Também
ocultas no mar de trevas do esquecimento pela tempestuosa e tumultuada sociedade
servil e obediente à cobiça dos homens e das criaturas, e suas toscas
artimanhas a bordejarem-se sobre o viés lúdico pelas maledicências entre trevas
e luzes, sons e imagens.
Nada saber
do que ilumina, consubstancia a existência na canção do que se vive de nada
conhecer trafulhas e trambiques na feitura e tecitura das linhas de ação em
direção aos mov-imentos de outroras às origens.
#RIODEJANEIRO#,
26 DE NOVEMBRO DE 2018#
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