KRAFTWERK: ISHDRIM NOS GÓTICOS SÍTIOS DE HORIZONTES RES-PLANDESCENTES DE PERFUMES DOS VERBOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Góticos
sítios de horizontes
Res-plandescentes
de idílios de verbos
Pre-figurando
de imagens as travessias
De
uni-versos à horizontes, vice-versa,
De
dianoéticas, à verdadeira estesia,
Sabedoria
prática,
Versando as
paisagens lívidas de perspectivas
De belezas
uni-versais, cântico dos cânticos,
Genesis do
cosmos, ad-versando
As pontes
partidas com espectros do além,
Os lotes
vagos com flashes de alhures,
Re-colhidos
e a-colhidos nas ampulhetas
Re-veladas
no longínquo e distante algures,
Versejando
poiéticas poiésis
Do efêmero a
deambular, perambular
Nas alamedas
da solidão secular e milenar,
Tresloucado
de utopias de ser
A esperança
última que fenece...
Quê encontro
mágico e místico do efêmero e infinito, Fenecimento e miticismo!,
Quê
des-encontro espetacular,
Místico do
nada e do sublime
Do vazio e
do eterno!,
Aquele
quebra-dimensões bem cinchadito no máximo,
Mas,
Infeliz e
inevitavelmente,
Desembocava
no nada,
Vers-ificando
de trans-versais
E
trans-cendentais métricas e rimas a liberdade
De os
vestígios do ser se espalharem por todos os cantos, Abismos,
Beira-mares,
Florestas,
Cavernas de
estalactites
Pingando no
lago as gotas de águas,
Volos do
inesquecível,
Ex-tases do
in-inteligível,
Rituais
místicos e míticos,
Tudo atrás
sendo lendas e nas sendas futurais
Do sonho se
reunirem,
Comungarem-se,
Aderirem-se
e outras dimensões sensíveis da verdade
Se
a-nunciarem, re-velarem-se...
Quê leveza
de inauditos segredos e mistérios
A
per-vagarem pelos pampas silvestres,
Pelos vales
naturais,
Pelos
oceanos a perderem-se de vista!...
Pelos
chapadões a esplenderem desolação
E esperança
desvairada de chuva a restituir
À terra a
sua fertilidade.
No alvorecer
de outras cintilâncias
E brilhos do
que há-de ser
Trans-elevando
os sentimentos aos recônditos do In-finito,
No
crepúsculo de sombras e penumbras
O silêncio
se pres-ent-ificando,
Tempo de
preces jubilando glórias e conquistas,
Tempo de
terços tecendo orações e realizações,
Tempo de
rezas enobrecendo o que há além de morrer,
Querências
de outras quimeras e fantasias,
Sorrelfas e
imaginações fertéis
Para a
continuidade da jornada,
Para a
peregrinação ao longínquo do horizonte,
Para a
bohêmia às soleiras do finito
Distância de
alhures,
Onde a
plen-itude com toda a sua alvissareira fulgurância
Res-plende
as alegrias do eterno,
Em cujos
interstícios recônditos
Flora o ser
de todos os verbos defectivos e completos,
Conjugações
in-versas - por que o verbo não vem
No final da
frase, da oração, do período, como desejar?
Quiçá por na
linguagem e estilo encerrar a ação,
Enquanto que
após o sujeito seja a a-nunciação do agir
Dos passos
até a realização do verbo Ser.
Góticos
sítios de ogivais luzes
Cintilando
de entre-linhas do dito e inter-dito
Os genesis
das nostalgias re-vestidas
De
in-efáveis enigmas do tempo e do ser
Que nos
interstícios do vento peregrinam pelos séculos
E milênios,
das melancolias in-vestidas
De cor-agem
de atravessarem as con-ting-ências das Ipseidades do nada,
Solipsismos
da solidão,
Ética
eudemonista, harmonizando o agir humano,
Voando livres
pelo espaço
À busca das
ausências e faltas,
Sedentas de
silêncios e nada
Que lhes
fizeram vazias
E com elas
preencherem a solidão,
Vivenciando
a compl-etude,
Que
dialética do dentro e fora será eficiente
Para
perpassar as venezianas
Das plen-itudes
do tempo e saciar a sede da verdade,
Saudades
plenas de lusitanias, brasilianas, britânicas,
Russas,
italianas, francesas, alemãs terras
Dos
longínquos sentimentos estéticos do belo e da beleza, Distantes emoções da
felicidade e do prazer
De con-templar
a lua e as estrelas
Sob o véu da
neblina,
Sob o
cortinado do orvalho?
Chove à
cântaros nas plagas da terra.
Bailam as
sensações e as intuições,
Bailam os
instintos e as inspirações,
Bailam os
pensamentos
E as utopias
do sonho do verbo,
Bailam as
idéias e a liberdade de "Ser ou não ser:
Eis a
questão",
Bailam as
metafísicas e metalinguísticas
Do
"Cogito ergo sum",
Baila o
corpo
No tablado
de vidro,
Sob flashes
de luzes e cores ad-versas,
Sob os
flashes de sombras e contra-luzes...
Kraftwerk!
Góticas
frinchas incandescentes de indícios,
Precipícios,
Solstícios,
Lembranças
pervagam leves as sedas do tempo,
A vida, a
travessia,
Ishdrim
deambulando livre
Nos góticos
sítios de horizontes
Resplandecidos
de perfumes dos verbos,
À soleira da
eternidade
Versejando
as sorrelfas efêmeras do absoluto.
Além, aquém,
algures, alhures, nenhures,
In-fin-itivos
gritos antigos do pleno,
Das
plen-itudes do In-finito a ensejar o vir-a-ser,
O há-de ser
a re-velação cristalina do inconsciente,
Seus
mistérios e enigmas,
Memórias
transparentes
Auscultar o
som
Que existe
entre
A palavra e
o silêncio,
Ritmá-lo
solidão,
Melodiá-lo
entrega,
Musicá-lo
realização,
Acordeá-lo
reflexão, meditação...
Nada há de
poesia.
Nada há de
poiésis, nada há de poiética,
Nada há de
po-emática,
Nada há de
metafísica ou ontologia,
Semânticas e
linguísticas.
Há sons e
ritmos, banhando as infinitudes do tempo
De dianoésis
e melancolias, melodia do enigma e mistério,
Há clave e
música do in-audito, inter-dito da vida e da vontade,
Há
metalínguísticas do sublime ritmo, conjugado de melodias
E espírito
da viagem eterna pelo espaço de emoções, magias,
Pela cor
além das cores, pela imagem pura de croquis,
Há
metafísicas do silêncio
Regenciado
de solidão, à margem, na trajetória
Da orla
marítima.
Chove à
cântaros nas plagas da Terra!
Kraftwerk!
#RIODEJANEIRO#,
13 DE NOVEMBRO DE 2018)
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