#COR-AGEM# - DESENHO: Manoel Ferreira Neto/GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA POÉTICA
Essa é a
cor-agem sublime,
A
cor-agem da vida nascer e re-nascer,
Re-fazer-se,
Re-criar-se,
In-ventar-se,
Apesar
dos des-compassos no coração,
Deixar
que a vida me viva,
Faça-me à
sua semelhança,
Não
fazê-la à minha imagem e utopias,
Artificiá-la
à luz das trevas e tragédias
Das
incapacidades, da preguiça...
A fé em
harmonia, sin-cronia, sin-tonia com a razão. A esperança, afastando as
melancolias, nostalgias, angústias, tristezas, dores, sofrimentos, a entrega
mostrando as paisagens do encontro, verso-uno do ser-verbo. Quiçá o mistério e
enigma de todas as coisas sejam a vida ter fé em nós, confiar em nós, e não
termos fé na vida segundo as nossas carências e manque-d´etres.
Somos
vidas quando a vida nos é. Não nascemos a vida, seguimos as trajetórias do
mundo, circunstâncias, situações, felicidades aqui, inseguranças ali, prazer
aqui, frustração ali, no passo seguinte o nada, seguir em frente. A vida nos
nasce, ela se nos entrega ipsis litteris, a verdade se nos a-pres-entará nalgum
horizonte.
Etern-itudes
ad-versas de vontades e desejos que nos preenchem, completam, as dialéticas
re-criam-nos, re-inventam-nos, re-fazem-nos, vislumbramos, con-templamos as
luzes incindindo nos nossos verbos esperançosos por se encarnarem, serem
in-finitivos, presentes do indicativo, subjuntivos, particípios, gerúndios,
embora os pretéritos imperfeitos, mas iluminam o sonho das ilusões.
E por que
pensarmos nos verbos futurais? O verbo é presente e pres-enta o Ser que será!
#RIODEJANEIRO#,
24 DE NOVEMBRO DE 2018
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