#ORÁCULOS DE TEMPLOS NOS SILÊNCIOS DA IMAGEM E SONS# GRAÇA FONTIS: TAPEÇARIA Manoel Ferreira Neto: PROSA POIÉTICA
POST-SCRIPTUM:
Este Tapete
arraiolo a que nos referimos na prosa poética, a imagem que ilustra esta obra,
fora produzido por minha Companheira das Artes e Esposa, Graça Fontis,
levou-lhe tempo considerável até o tapete, que fica suspenso na parede da sala
de alimentação, concluido, ateliê dela. Nele, inspirei-me para a composição
deste poema. (Manoel Ferreira Neto)
Liberdade do
sonho de Verbo "Ser".
Sonho do
Verbo "Ser" liberdade.
Verbo
"Ser" do sonho liberdade.
Profecias de
ontem, outrora, tempos imemoriais,
Neuras existenciais,
preservaram-se, esvaíram-se,
A mesa
farta, o dia a dia da vida,
Ademais, não
se refutam, negligenciam, subestimam
Engenhosidade,
habilidade, agilidade,
O que há-de
se entender, com-preender?
O para quê
vem... Onde estão, as intenções,
O que há
nelas para que lhes credite confiança?
Urubu está
com raiva do boi,
Mas o urubu
não pode devorar o boi,
Todo dia
chora, todo dia chora,
Baiano e os
Novos Caetanos já o disse.
Pego o
peixe,
Vou-me
embora, outros lugares...
Outras
idéias, pensamentos, ideais
Toca o sino,
late o cão...
Oráculo de
templos
No silêncio
dos sonhos,
De
perquirições do longínquo e orvalho,
A distância
e as ondas da luz, das claves e notas, ,
Esta praia
torna-se encantadora se a observo
Com os
linces do olhar inversos, vejo-a de onde
A distância
se revela, patenteia-se,
O espaço que
o mar ocupa, nele habita,
Não seria a
distância que nos deu
Esse
encanto, e que ela deve ser
A coisa mais
encantadora,
Estivemos
tão próximos na vida,
A distância
e eu, nada podendo interferir
Em nossa
amizade, havia pequena ponte entre nós,
Naquela
pequena ponte móvel escolhera
Ir-lhe ao
encontro, e não encontro palavras
Para dizer o
espanto, a surpresa, o encanto,
Quem como eu
não precisaria de uma Musa?
Não foi o
sino que retiniu na Igrejinha distante?
Para o
diabo!
O dia e a
dança, as re-presentações
Estão
começando
E não
conhecemos as suas performances,
A imagem
re-presente a música em sua leveza
E fluidez,
não há quem não improvise o dia.
Parece-me
que o deus dos sonhos
Quis
tripudiar, trambiqueiro,
Divertindo-se
comigo, com os hábitos
- é meu
hábito começar o meu dia
Como se as
coisas esperassem de mim algumas
Palavras,
considerações, avaliações,
A chama do
conhecimento lança labaredas aos céus...
Jogo de
palavras. Tripúdio de sentidos. Entrega plena à semântica-yala do amor à
esperança da cintilância do Verbo Ser o que não se é e não ser o que se é.
Templo de
mistério
Portal de
paz,
Janelas de
reflexões e silêncios,
Páginas de
utopias metafísicas ritmadas,
Melodiadas
de metáforas e imagens.
O homem mais
comum sabe e conhece,
Sente que o
refinamento dos sons não
Pode ser
improvisado,
E o homem
mais refinado sabe que
Os sons
habitam todas as artes,
Refinamento
da nobreza inata no olhar,
Nos gestos,
nos ouvidos...
Fluxo de
idéias. Fluxo de pensamentos. Fluxo de sentimentos. A dádiva maior: o sublime
da sensibilidade que de sendo-em-sendo, criando, re-criando, re-inventando o
artífice de todas as obras, desejo, vontades, esperanças e sonhos, tece com a
linha de tricot dos éritos e iríasis da con-ting-ência o in-fin-itivo eterno do
in-finito, pinta com as cores da lã a imagem no arraiolo, o etern-itivo
con-ting-ente das etern-itudes, que concebe o além da verdade, pureza, seren-idade,
tricoteia com a arte das mãos o verbo in-finito do ser-in-fin-itivo do
"finito ser-aí" da imanência, dando origem, luz à genesis do
perpétuo, arribas plenas em cujas asas da águia voa a divin-idade eivada e
seivada das eidéticas da felicidade, o cântico da águia sussurra no silêncio da
alma "Tudo é eterno, tudo é liberdade de Ser", seguindo o seu
itinerário sem destino pré-determinado: uni-versos e horizontes são o silvestre
da poética do espaço, são a poiésis dos versos e estrofes do Soneto In-trans-itivo
do Verbo Amar, amar a solidariedade, amar a compaixão, amar a entrega ao outro,
amar amando o verbo amar, amando o verbo de amar e verbalizando o "ser de
amor" com o in-fin-itivo da verdade sensível, cáritas do "nous"
e "telos" da vida.
Libertas quae
será tamen.
Amplo e
esbranquiçado mar, para além das docas,
Dos rochedos
das margens sobre os quais brilha,
Resplende,
resplandesce o sol, enquanto
Fauna
pequena e grande brinca, diverte-se
Sob sua luz,
serena e tranquila, segura e calma,
Como essa luz
do sol do alvorecer, os linces do olhar,
A felicidade
de um olhar que poderia ter in-ventado
Uma
felicidade,
Ao
contrário, vive-a.
Cariocas
mineirices de artes do espírito, yalas, iríasis de sonhos do pleno, absoluto,
sementes da terra. Utopias pervagando o tempo, sorrelfas, idílios, crepúsculo
do nada, vazio, melancolias, nostalgias, trevas da noite, o relógio na parede
pendulando segundos, minutos, horas, sentimentos, emoções, sensações, quiça os
verbos con-figurem o in-fin-itivo do encontro almejado da felicidade, quiçá as
regências verbais con-figurem éritos, éresis, iríasis, projetando-as ao
In-finito, uni-verso de alegrias, conquistas, quiçá a verdade pres-ent-ifique
na alma a sublim-idade do "Ser", na pre-funda do in-audito a pureza
da espiritualidade, re-nascimento, re-novação, novo dia de novo tempo,
pintassilgo à soleira da floresta silvestre trinando o cântico da mineir-idade
da esperança, da carioquice dos sons nas utopias das águas...
Dentro dos
idílios, todas as verdades serão húmus para o pensamento que pensa o ad-vir,
vir-a-ser, há-de-ser a plen-itude de outros horizontes, "segue a vida nas
veredas do inaudito, o amor trans-cende, entrega sem fin-itudes, mesmo que as
realizações sejam ínfimas...", para a sensibilidade que sensibiliza o
sensível dos desejos, vontades, volos do eterno que etern-iza a etern-idade do
ser-no-mundo, para a razão que raciocina a racionalização dos dogmas, preceitos
do ab-soluto, ab-soluto do ab-surdo, ab-soluto da mentira, ab-soluto do vazio,
as águas sujas, desde a fonte primeva do tempo, desde a fonte originária do
"ser-ai", per-correm solos áridos e íngremes, dia-lécticas e contra-dicções
justificando inépcias e inércias, nada de novo de por baixo do sol, o nada
prolonga-se por fraqueza, morre por encontro im-previsto, solidão, des-ilusão.
Voar,
voamos, voamos
E como
voamos,
Aprendemos
novas sendas,
A verdade de
quem somos,
Personalidade,
Caráter,
Traz a
amizade, a compreensão,
Traz a
ética, traz uma estrela na testa,
Outra na mão
que segura o cajado,
Por onde
anda,
E eles veem
caminhando, e eles veem caminhando...
Veem,
perscrutam, observam
Os passos e
as pegadas deixadas ao vento dos tempos,
Vem
cantarolando e saltitando
As
performances do som e da solidão
No tempo de
silêncios....
Vida anda,
se a andança da vida é a vida, o violão danado a tocar, o citareiro a dedilhar
as cordas da cítara, o vento roda moinho..., montanhas, estrelas, planetas...
Sonhador eu?
Nada disso. Minh´alma recita e declama: "O In-finito de meus verbos
vivencio no silêncio que nas madrugadas desérticas re-flete, medita o alvorecer
de luzes e raios numinosos do Sol, iríasis de minha inspiração e entrega de meu
"Ser", as volúpias da esperança...", eu, "... doidice e
exagero de ser luz que sensibiliza os boêmios caminhos para as verb-itudes de
amar a verdade, o "Silêncio do Som", "... vernáculo do escritar
as dimensões do Ser-com a melodia da Vida, a Imagem do que habita os recônditos
da Alma..."
Da Alegria
Breve ao Sorriso da Verdade de sentimentos, emoções, dimensões sensíveis
inestimáveis realizadas, realizando-se...
#RIODEJANEIRO#,
30 DE NOVEMBRO DE 2018)
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