**NOS ERMOS SUBLIMES DA VERDADE** - Manoel Ferreira
Linguísticas do espírito
A-nunciando os verbos da esperança
Semânticas da alma
Con-cebendo metáforas volúveis
Das volúpias do encontro,
Dos êxtases da entrega
Metalinguísticas dos desejos in-auditos
Iluminando o alvorecer
Metafísicas dos inter-ditos da plen-itude
Eternizando os sonhos...
Agora é tempo de ouvir o canto das cigarras
É hora de escutar o trinado dos pássaros
Instante-limite dos sentimentos
Que floram com a floração
Das ilusões da etern-idade
Das fantasias da sublim-idade
Dos idílios da uni-versidade
Amar amando o afeto sagrado,
A afeição divina,
A ternura absoluta
O carinho da espiritualidade,
A carícia do ser
Há cantos de perpetuidade
Nos ermos do além
Há cânticos sublimes da verdade
Nos longínquos do horizonte
Que solsticia a soleira do verbo e do tempo
Há canções de efemer-itudes
Da beleza do belo
Que musicaliza os recônditos da alma
Com as notas dos desejos,
Aspirações da vida plena.
Calientes chamas de clímaces do absoluto
Que afaga de felicidade e alegria
O peito repleto de fantasias
Ardentes paixões que eivam
O útero das vontades abissais
E concebem o silêncio interino do vento
Sarapalhando a neblina
Que umedece o solo da floresta,
Molha as folhas das árvores
E geram a solidão
Na continuidade do tempo
Que continuamente pres-ent-ifica
O que há-de vir.
Lá em cima,
Na grandiosa imensidão,
Os astros, em esplendidas demandas,
Rolam em luminosa procissão,
Os espectros do sol
Re-fletem lâminas de luz
Que numinam os mistérios e segredos do ser.
Manoel Ferreira Neto.
(21 de setembro de 2016)
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