COMENTÁRIO DE Sonia Son Dos Poem Gonçalves, POETISA E ESCRITORA, AO POEMA /**ARDÊNCIAS ERÓTICAS DA NAD-TIUDE**/
Maravilhoso esse espaço de onde
observa tudo isso Manu...Faz tudo parecer mais poético e mais perfeito!Tudo é
uma superação, uma supremacia dos fatos, aos quais trabalha com teu talento e
faz parecer milhões de caquinhos estelares que nos são atirados...Eu apanho um
a um todos brilhosos...Lindo D+++ Obrigada Manu...Bjs
Sonia Son Dos Poem Gonçalves
Soninha Son, só isto de "...
esse espaço de onde observa tudo isso..." daria uma daquelas nossas
conversas deliciosas. Esse espaço onde tudo faz parecer mais poético e mais
perfeito dá panos para mangas. Mas nestas poucas palavras você abordou a
questão com excelência: a superação.
Esperemos a oportunidade daquela
nossa conversa deliciosa para tratarmos com acuidade deste espaço.
De excelência seu comentário. Beijos!!!
**ARDÊNCIAS ERÓTICAS DA NAD-ITUDE**
Nad-itude de quimeras que abraçam as
sorrelfas com volúpias
Eivadas das ardências eróticas do
volo de gozar o in-finito
Esplendendo sêmens à revelia, na
intimidade dos instíntos
Pres-ent-ificam os desejos de
conceberem as nonad-itudes
Que atravessam, ultrapassam os
instantes-limites do ab-surdo
De serem os verbos do não-ser a
origem do efêmero,
Da dialética das trevas e da
iluminação,
De serem as regências in-fin-itivas
da esperança
As ipseidades incólumes da náusea,
As facticidades insofismáveis das
angústias seivadas de melancolias.
Nad-itude de fantasias que osculam os
idílios com fissuras
Compulsivas de comungar etern-idades
e efemer-idades
Originando o nonsense niilista da
a-temporalidade
Em cujos recônditos, ao invés da
razão e das subjetividades,
Habitam os instintos da verdade e do
absoluto
Que tecem aquilo de o desejo ser
revelação unica e exclusiva
Do que falha, do que falta, dos
lapsos
Em cujos interstícios, ao revés da
sensibilidade e do logus,
Habitam as sensações do perpétuo que
in-versa os ventos
Que sopram dos terrenos baldios da
alma os éritos
Forclusivos dos sonhos impossíveis
que são manifestações
Lídimas de fugas do "eu"
Da perfeição perfeita do pleno que
ad-versa os orvalhos noctívagos
Que respingam nas folhas dos
solipsismos temporais
As gotículas frias dos verbos
defectivados
A efectivarem as imperfeições
subjuntivas do in-fin-itivo
Por mais que isto des-ative por
completo, in totum
A arte da memória de
trans-literalizar o que re-colheu e a-colheu
Das dialéticas e contradicções dos
dogmas e divin-itudes
Metafísica e gnoses dos preceitos e
sublim-itudes,
Suprassumindo e superando conceitos e
categorias do Ser...
Nad-itude de hipocrisias que tocam e
acariciam com ternuras
Os interesses e ideologias de
seguranças e tranquilidades
De degustarem as delícias, sabores
dos sorrisos e semblantes
Limpidos, fisionomias alegres do
presente sem as dificuldades
Do amanhã de contradições, de
con-tingências miseráveis,
Sem as responsabilidades e compromissos
de caráter,
Personalidade, condutas éticas e
morais, posturas autênticas,
Sem a dignidade, honra, hombridade da
identidade,
Sem os princípios do verbo e do ser,
Que, alfim, negligenciam as buscas da
liberdade,
Refutam a mortalidade, o leito de flores
da etern-idade,
Negam com veemência as virtudes e
valores inestimáveis,
Esperanças, sonhos, utopias,
Consciência, estética, a beleza do
belo...
Manoel Ferreira Neto
(29 de julho de 2016)
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