COMENTÁRIO DA AMIGA Elizabete Regina Garcia De Mello AO TEXTO /**CALDEIRÃO DE CHAMAS**/
Sim ser fato...
Pouco dos muitos de nós não estamos interessados em poder, fama,
sucesso, muito menos em verdades ou in-verdades!
Cada um ter o seu ver, um sentir, um julgar...
O que nos resta de real valor
é ver a esperança renascer nos corações dos homens e da humanidade...
Questionar e analisar; quando,como será que a humanidade vai perceber,
que o futuro depende do melhor FAZER...
O saber do SABER está no fazer acontecer...
Elizabete Regina Garcia De Mello ...
OBS*PARABÉNS...
QUERIDO MESTRE...
O MEU TE LER,deixa-me
Pensativa num refletir, encantador...
Fico a imaginar: onde está verdadeiro sentido do saber melhor Viver...
Manoel Ferreira Neto,
Tu sabes...
Elizabete Regina Garcia De Mello
Gracias, minha Amiga queridíssima Elizabete Regina Garcia De Mello, por
seu reconhecimento, carinho e amizade.
A humanidade vai perceber que o futuro depende do melhor FAZER, quando
for ela mesma, independente de ideologias, interesses, ideais efêmeros e idéias
temporais, entregar-se por inteira ao Sonho do Verbo Amar, fazendo acontecer a
solidariedade, compaixão, fazendo acontecer o compartilhar a Vida, fazer
interagir a sensibilidade e a espiritualidade. O saber melhor Viver é
entrelaçar as mãos em nome de construir a consciência de a Vida serem
esperanças, sonhos e fé no ad-vir do Amor.
Tu dizes saber eu deste verdadeiro sentido de melhor Viver. Sei que são
as esperanças, sonhos que em mim habitam este sentido e busco através do homem,
escritor que sou interagir-lhes com os homens, despertar neles a busca, os
desejos, a vontade do Ser. Hoje se manifestam de um modo, amanhã de outro, esta
jornada não tem fim, mas sempre consciente de que é a Vida do Amor que nos leva
a um destino.
Um grande abraço, Amiga.
Manoel Ferreira Neto
**CALDEIRÃO DE CHAMAS**
As minhas verdades não são as verdades do outro. O outro pode com
percuciência provar que são in-verdades, mentiras, estratégias para a defesa de
todas as mazelas, viperinidades. Não é o fim do mundo, se tenho consciência das
estratégias, tripúdios. É simplesmente o início: mostro o "caroço de
mim" entrelaçado às críticas e considerações intempestivas. É preciso ter
coragem para ficar nu diante de todas as coisas, quando isto não é acinte ao
pudor, esconde alguma intenção escusa. Assim, como dizia Sartre com toda a
supremacia dos valores: "O inferno são os outros", "L´infer
c´est les autres". Sejam os outros o inferno, sou o caldeirão de chamas
onde irão dançar a polka com todas as performances.
Dostoiévski dizia que "Tudo é permitido neste mundo". A grande
e inestimável permissividade no mundo é a concorrência das verdades, dos
valores, das virtudes. Se demonstro que a História se repete não com os meus
fatos, surge alguém dizendo não se tratarem de fatos, isto são cositas do
pretérito, hoje são situações, circunstâncias, a História não se repete porque
as situações e circunstâncias não são as mesmas, revestiu-se de outras
características. É a última palavra, quem o disse suprassumiu-me, superou-me,
sentou-se a cavalo na cadeira do Olimpo. É de se questionar, indagar,
perquirir, perguntar se está ele de fato e direito interessado em retirar a
História do prático-inerte, dar-lhe movimentos, fazê-la re-criar-se,
inventar-se, refazer-se ao longo das necessidades humanas no tempo, se a
verborréia intelectual não passa apenas de um desejo de desbancar-me, ser
objeto de faíscas luminantes e luminosas nos olhos do outro, o outro assinar
com letra gótica o seu sucesso, fama, poder em relação a mim. Mas a História,
digam o que disserem em contrário, em contra-partida, é justa e implacável: diz
que as minhas verdades são húmus para outros questionamentos, para outras
buscas, porque considerei a História um "círculo", relógio cujo
ponteiro das horas começa no 12 e volta ao 12, e não quem quer transcender o
tempo sem ter o ponteiro que o marque, sem ter a bússola que mostre os pontos
cardeais.
Você que está lendo estas palavras deve estar rindo aos quiçás, diante
de tantas ironias, sarcasmos, cinismos, mas pense com os seus botões do
"blaser", o poder é temporal, a fama é efêmera, o que move a História
não são concorrências e fissuras de importância, e sim o pensá-la com os dados
da busca e dos desejos das mudanças e transformações, com a dialética da
verdade e da in-verdade. Guimarães Rosa jamais concorreu com Machado de Assis,
Graciliano Ramos nunca concorreu com Jorge Amado, não estavam interessados em
poder, fama, sucesso, mas no questionamento do destino dos homens e da
humanidade.
Manoel Ferreira Neto.
(Rio de Janeiro, 12 de julho de 2016)
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