#RUAS DA NOITE E DOS EQUÍVOCOS🏹# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
*** Há um túmulo sem cruz, sem flores, porto sombrio, rastro sobre o mar... Há uma porta aberta para a claridade e para a escuridão, e um aroma, que conheço, sobre leito abandonado, desolado, perfumando o lençol, a coberta, o cobertor, transpondo as venezianas semi-abertas... *** Epopéia dos jogos da mente... Ainda quando peregrinava sozinho, perscrutando os olhares duvidosos, inquiridores, incompreensíveis, ininteligíveis, olhares de escárnio: "de que tinha fome a minha alma, nas ruas da noite e dos equívocos?", sem direções, rumos, veredas, sem destinos, E quando andava nos dormentes da linha de trem de ferro, equilibrava-me no trilho, a quem imaginava encontrar, o que intencionava fundamentalmente atingir, alcançar? Era um ser bisonho que desejava partir, desde que pudesse ver a luz do fogo? Era voar para dentro de mim, até que... Chegaria o instante da última viagem, sem volta, sem retorno. Cansaram-me as peregrina...