#VEREDAS DO PERENE PERPÉTUO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Música ao amanhecer... ao anoitecer...
Nada de novo sob a luz do sol, sob a neve do inverno, sob o orvalho da
avenida Rio Branco na madrugada, nada de velho à mercê pretérita das dimensões
futurais do verbo subjetivando as imperfeições e forclusions do vazio
uni-versal.
Silêncio da solidão. As chamas da lareira crepitam. A noite fulgura de
estrelas e lua, e o não-ser se inspira das ad-jacências do im-perfeito, do
limitado, das bordas do instante-limite, das pre-fundas do caos, para
versificar sendas e veredas do perene perpétuo que se re-faz obtusamente ao léu
do tempo, ao léu do corcovado fortuito que se anuncia, revela-se, esvaece-se
atrás das colinas, ao léu da neblina que ensimesma o mar...
(**RIO DE JANEIRO**, 21 DE MAIO DE 2017)
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