#SOL VERBALIZADO DE DEUSES PAGÃOS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Re-versos de esculturas góticas de prazerosas náuseas, de contentes
fidúcias solsticiando memórias inter-ditas no tempo irrisório do de-correr
póstumo de nostalgias, póstero de ilusões, no não-ser dúbio do in-correr mortal
de sorrelfas trans-literalizadas de razões in-versas ao subjetivismo
sin-cronizado à luz de ideais do vir-a-ser gerundiado de particípios, caos
universal.
Holísticas de utopias in-versas ao baile trans-lúdico da liberdade
esplendendo silêncios de luz que versejam e versificam o in-fin-itivo lácio dos
instintos retros-pectivos de éritos da felicidade efêmera entre a fonética de
vernáculos eruditos e a semântica de letras clássicas nunciando raios de luz no
fundo azul da floresta, dança divina a reger pelo coração primevos brilhos do
sol verbalizado de deuses pagãos.
Noite linda e fria, aquecendo as carências e ausências nas chamas
elementares das achas de lenha crepitando-se na lareira velada e envelada de
lembranças de instantes de erosias eleitas pela alma sedenta da uni-versal ardência
do êxtase pleno seivado de origens e raízes do espaço lúdico do inconsciente,
olhos frios observando a vidraça de guilhotina onde as cintilâncias das
estrelas aliciam-se.
Lavei-me do pudor mesquinho e das virtudes tacanhas e persuadi-me a
erguer-me nu ante os olhos do sol, livrei-me de todos os caminhos escusos,
espanei-me da poeira, moscas e penumbras.
(**RIO DE JANEIRO**, 17 DE MAIO DE 2017)
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