#POESIA E AMOR: LINGUÍSTICA DA ENTREGA E METAFÍSICA DA SOLIDÃO DO SER# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
POST-SCRIPTUM:
Com a minha amada e querida esposa e companheira das Artes, Graça Fontis,
aprendo a cada instância dos momentos da vida o que é isto - Amar, o que é isto
- Amor entre dois "homens", "homem e mulher", o que
intencionam viver, O Amor. Com ela aprendi, aprendo ao longo de nossas relações
a síntese das Artes e da Vida.
A minha Amada e Querida Esposa e Companheira das Artes, entrego em mãos
este Aforismo, uma homenagem e agradecimento por nossas vidas juntos.
Poesia é amor in-condicional por versejar a intimidade do in-fin-itivo
dos sentimentos na desejância íntima do espírito da verdade do ser, na
querência recôndita da consciência que se intenciona "ser da
liberdade".
Amor verseja o verso de versejar o sublime.
Amor trans-literaliza a trans-literação de trans-literalizar o eterno da
magia mística do ser.
Poesia é amor in-condicional por po-etizar os verbos da travessia para o
eterno, trans-lúdicas sensações do prazer, alegria, gozo.
Poesia é amor in-condicional por po-ematizar o silêncio que concebe a
estilística das emoções em harmonia, sin-cronia, sin-tonia com os ex-tases do
sublime sonho do Ser.
Poesia é amor in-condicional por po-esiar as gotículas de neve que
deslizam na vidraça da janela voltada para a lua atrás da montanha.
Amor poematiza a poematização de poematizar a linguística da entrega e a
semântica da esperança.
Amor metaforiza a metáfora de metaforizar o espírito do desejo seduzindo
a alma do verbo de ser plen-itude, compl-etude, etern-itude, bolinando os
instintos do verbo de ser efemer-itude, fugac-idade, eter-itude.
Poesia é amor in-condicional por trans-literalizar a memória do tempo,
trans-parência do ser atrás do verbo da semiologia do desejo.
Poesia é amor in-condicional por ser ritmo, melodia dos ventos por sobre
as colinas veladas pelas cintilâncias do in-finito em conúbio com o verso-uno
dos horizontes do eterno e os uni-versos do absoluto.
Poesia é amor in-condicional por pronunciar a sílaba do lácio vernáculo
das esperanças da vida que é vida, da vida que é o vir-a-ser do espírito da
vida.
Amor silencia o silêncio de silenciar a palavra-poesia no vernáculo íntimo
da verdade, na erudição re-côndita das utopias da beleza e do belo, beleza do
belo.
Amor sin-estesia a ex-tase das volúpias do eros e do lúdico.
Amor son-etiza a fon-ética de fon-etizar os sons rítmicos e melod-iosos
da felicidade.
Poesia é amor in-condicional por evangelizar as metáforas do amor
sonetizadas dos edênicos caminhos para o silvestre da verdade.
Poesia é amor in-condicional por entre-laçar sons do in-audito do
espírito e os sons da magia da alma que busca eternamente as iríasis do in-finito
uni-versal que consagra o Bem.
Poesia é amor in-condicional por ser a simples re-velação do que vela e
en-vela os mistérios do verbo.
Amor in-fin-itiva o in-finito de in-fin-itivar a travessia
in-trans-itiva do além ao eterno.
Amor sublimiza a sublimidade de sublimar a verdade da fé no eterno dos
desejos de compl-etude.
Amor ritma o ritmo de ritmar a música das emoções e o cântico da
solidão.
Amor musicaliza a música de musicalizar os sons da harpa do uni-versal, os
sons da cítara do mundano, os sons do violino da travessia do contingente ao
trans-cendente.
Amor dança, baila as sinuosidades do sentimento manifesto e o desejo da
verdade latente, envolvido com a claridade das luzes e a neblina, raios de
belezas e imagens, vindas de "mucho profundis" de todos os infinitos.
Poesia é amor in-condicional pela solidão metafísica, a poesia está no
uni-verso do poeta, mas se sente solitário se não a revela em prosa, o seu
caminho para a consciência-estética-ética.
Amor semantiza a semântica de semantizar o ser e a palavra do verbo
amar.
Amor semiologiza a semiologia de semiologizar o infinito da verdade e o
sonho do divino.
Amor plen-ifica a plen-itude de plen-izar, plen-itizar a beleza do belo
e a cintilância do sublime...
(**RIO DE JANEIRO**, 30 DE MAIO DE 2017)
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