#CHAMA QUE CREPITA NA LAREIRA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Se a chama que crepita na lareira, na fogueira de
achas grandes, o lenhador preparou com o seu machado de lâmina afiada, tomando
delicioso quentão, degustando churrasco, cancioneiros dedilhando o violão, a
viola, o acordeon, ascende as esperanças do ser humanizado de verdade e
sublimidade, "poetici-{s}-ado" de sorrelfas e levezas, as utopias da
felicidade evangelizada de amor e espiritualidade, as volúpias do encontro, os
êxtases do verso uno pres-ent-ificam-se, e sou quem no limiar do alvorecer
degusta o sabor místico de a vida haver-se realizado, agora é simplesmente
aquele passeio simples e livre pelas alamedas da compl-etude, aquela caminhada
no calçadão da orla marítima das idéias simples e sensaboronas.
Se é verdade, sinto-o tão íntimo nos interstícios
mais recônditos de minh´alma, os sonhos que floreiam os meus caminhos de
perspectivas do in-fin-itivo do amor ser a regência verbal e nominal dos
sentimentos e emoções aglutinados à numin-itude da entrega e liberdade de
peregrinar pelo in-audito do silêncio, ouvindo as vozes ritmadas e melodiadas
da alegria, con-templo hoje em mim miríades do absoluto a pres-ent-ersejarem a
luz do espírito da vida.
In-verdade não o é, sendo-o, não regenciaria as
trilhas de pintar o sete com os questionamentos, re-flexões de nomin-idades das
filosofias e poéticas, prosas e estesias, dançando música que ouço vindo do meu
coração, e este escuta as ondas do mar tocando as docas, peregrin-agem de
ideais os mais solenes, com aquele aforístico dos desejos de conhecimento e
sabedoria, observo as gaivotas à beira-mar, pousadas nas canoas, tarde
sensaborona.
Perpétuas orquídeas brancas à soleira da serra,
recebendo as primeiras luzes do amanhecer, o sol a-nunciando o seu nascimento,
exalando o perfume da concepção do eterno, definição da liberdade criativa e
responsável do estar-no-mundo, e, passeando tranquilo e sereno, sinto o perfume
perpassar-me o íntimo, eivando-me de sensações in-auditas, mas que inebriam
outras desejâncias, dentro de um sonho há tantos outros sonhos, dentro de
outras notas da música há tantas outras notas que sonorizam o finito de
in-fin-itudes da ec-sistência.
Góticas sin-estesias do pleno, góticas sin-cronias
da utopia da perfeição e da verdade, sin-tonias da volúpia da uni-versalidade e
da con-tingência da efemeridade, harmonias das ex-tases das vontades do verbo e
as incongruências do não-ser, e re-velo que não há início, não há fim, há o
tempo aberto a todos os horizontes, há o vento sibilando o do-ré-mi-fá dos cânticos
da etern-itude.
In-verdade não o é, fosse-o não con-tingenciaria os
ex-tases das vontades do verto, os êxtases góticos da imagem da efemeridade na
moldura, re-fletida pelas luzes de todos os cafundós, e as sinuosidades do Ser,
entrelaçado ao tempo que lhe vai tecendo continuamente, dentro de uma criação
há criações que trans-cende o aqui, abrindo o leque para outras realidades, há
o catavento que gira continuamente, e o vento de leste perpassando-lhe, as
in-congruências das sorrelfas em síntese com as dialécticas da liberdade,
submissão às tradições, idéias que não trazem qualquer raio de luz que
trans-lucidie as sombras dos passos nas estradas de esperanças, é preciso ter
coragem, ser teimoso para que elas se pres-en-ifiquem, irreverente e rebelde para
compactear as quimeras das sorrelfas, deixando as fantasias se libertarem, é
mister que os sonhos abracem as fantasias, estão sempre de asas abertas para
vôos pelos vales, abismos.
Som dos versos e estrofes aglutinando rimas
perfeitas...
Som do silêncio e solidão verso-unificando utopias
da liberdade...
Som dos uni-versos e horizontes ampliando o ouvir
de vozes do além...
Som dos verbos e do ser performando o corpo de
baile da felicidade...
Som... da música que faz dançar, performando de
gestos e passos, ritmando, melodiando, acordeano as vozes cantando o verso-uno
da paz em todo o mundo, "Fique ao meu Lado", sem conceitos e
definições de Nações, liberdade à Krakoviana russa....
Som... da poesia que encanta os mais profundos
sítios, íntimos da alma com o vôo por sobre cantos e re-cantos da
inconsciência, desejando a sabedoria, então as Nações se libertando das
algemas, correntes pretéritas, criando e re-criando a vida, o estar-no-mundo
Som...
(**RIO DE JANEIRO**, 03 DE MAIO DE 2017)
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