#MASTRO DO POMO INTER-DITADO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Bastidores... Contrárias proezas absortas às rectidões de origem da
eloquência, defectuosos termos abrilhantados de untuosas sílabas e tons curvos
e circunspectos em designação de interesses da estema e génesis...
Re-versas maquiagens, envelando o manque-d´être dos instintos de sonhos
viperinos, re-criando, criando, re-inventando, re-fazendo o Hades terrestre de
divinos dogmas do efêmero, nada, re-verbalizando de cores vivas do arco-íris o
aquém-genesis do cosmos ter-giversado de vazios à luz do nada-eterno,
per-enizando de carne os ócios dos ossos sedentos de cinzas misturadas à terra
subterrânea, fraqueza dos instintos, envelando de farsas, falsidades, mentiras,
ornamentos e arrebiques de serestas boêmias ao longo das pontes partidas de
córregos ad-jacentes às imundícies das margens, as doutrinas clérigas do
imortal à luz da serpente refestelando-se à sombra pálida da árvore do Fruto
Proibido, re-memorando a genesis do hímen de Eva de-florando o vir-a-ser dos
tempos, da impotência de Adão, estendida de ereções preliminares da carne
tornada verbo de libertinagem, a boca do inferno se re-abre a todo instante dos
séculos e milênios para receber o sêmen do lúmen caliente, dos gozos e
clímaces, Livro Sagrado do des-eterno, des-enterrando os restos mortais das
nonadas re-fletidas no espelho aquém-criação da vida, mundo, convexo, côncavo
do Ser-para-o-Vazio con-figurando míriades desérticas de solidão, Conúbio de
Lanarche, prelúdio do Cristalino Eldorado de imagens distorcidas, adulteradas
da Noite Inteira, apocalíptica de cânticos, multi-verso abismático e abissal do
Ser-para-o-Nada.
Cruzada em bordas de saídas ligações à claridade do mundo do rosto a ser
apreciado. Advertir circos da risota e aljôfar. Pelo manifesto frontaria à arena.
(**RIO DE JANEIRO**, 17 DE MAIO DE 2017)
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