KAIRÓS PARA CHRONOS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Cada coisa é
Unau
Cada coisa é
Aí
Cada homem é
Unau
Cada homem é
Aí
O está no
Esteve
O Está no
Está
O Está no
Estará
Chronos de
onde veio?
Kairós de
Chronos
Veio-vem-virá
Kairós para
Chronos
Foi-vai-irá
Unauaí
Unauaí
TóriKádoTóri
E o bororo
já sabia...
Da palavra à
consciência,
Da
consciência à palavra,
A
sinuosidade presente
O vento
costura a barra do tempo
O tempo
esgarça o vento.
Re-fazer as
labutas,
Bungas-bungas,
In-tens-ificar
os esforços
Em busca da
plen-itude, sublime.
Verbos dos
princípios,
Querências e
versos
Do saber
primeiro,
Verdadeiro
sentimento de olhar
Com fé,
Esperança,
Para o
esplendor e magia
Do
conhecimento e sabedoria,
Da
consciência e espiritualidade,
Imagens se
a-nunciam
Na distância
do tempo,
Átimos de
segundos e minutos.
Instâncias e
estâncias
Das pers e
pectivas dos mistérios,
A ilusão de
encontro da verdade,
A quimera de
o sentido da vida se elevar
Aos
auspícios do brilho e resplendor
Do
in-compreensível
Dos verbos
pré-{s}-entes,
Das palavras
vagando
Por ruas,
alamedas, becos,
Em busca de
sentidos
Outros
Da fé,
Con-templando
Por quês e
quês
Viáveis,
plausíveis, possíveis
Das
esperanças.
Em tempos
verdadeiros
De
travessias
De nonadas
Ao antes era
o mistério,
Depois o
desejo da luz,
Ao antes era
o nada,
Depois a
vontade
De tudo ser,
Ao antes era
o verbo,
Depois o
verbo
Se tornou
carne,
Ao antes da
bonança,
A
tempestade,
Ao antes da
tempestade,
A bonança,
Roda-viva de
sentidos,
Pá-lavras,
Cata-ventos
de metáforas,
Signos,
símbolos
Na
lingüística das raízes
Imanentes e
trans-cendentes
Do ser e do
verbo,
Do verbo e
verso.
O que me
foi,
A mim, foram
bestas
Prostituídas,
Prostitutas
bestificadas;
A mim foram
bezerros de ouro
Venerados e
re-verenciados;
Penas
exaurindo
Mil
primaveras,
Incomensuráveis
invernos;
Tintas
re-fazendo
As flores
secas
Caindo
livres
No solo,
Húmus de
outras
Que
embelezarão
A aurora do
novo dia;
O que me
foi,
A mim foram
barcos
Naufragados;
Faias
redemoinhando
Águas,
Fráguas
des-cortinando,
Desvelando
0 des-brilho
dos olhos,
O silêncio
da língua,
Confusão,
perdição
Na mente.
#RIODEJANEIRO#,
18 DE OUTUBRO DE 2018)
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