#AFORISMO 406/TESSITURA DE VITRINA NA ARQUITETURA DA CASA-DO-SER" - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto & Ana Júlia Machado: AFORISMO
Subjuntivo de éresis sob o crepúsculo de ventos e sibilos, sob as
iríases do Inf-inito, passo a passo de inspiração, vontade, desejo, sonho do
verbo, aquele verbo extraordinário que emite luzes as mais diversas, tons e
performances além de quaisquer outras, que emana sensibilidade, que emite
brilhos e cintilâncias do que há além, nas bordas e perspectivas, e nas asas do
anjo da busca de sentir plenamente o uni-verso e horizonte, sentir o sabor dos
maracujás da con-ting-ências, per-filando as pre-senças da leveza do ser, a
entrega saborosa às nuanças, redemoinhos, cataventos, rodas-vivas, aclives e
declives à luz da alma que clama satisfação, glória, reconhecimento, prazer,
delírio, devaneios da liberdade e vazio, da entrega e da miséria do nada,
des-embocando nos ex-tases da verdade-verbo do ser,
"Tessitura da vitrina
A existência de cada ser é igualmente
a tessitura dessa vitrina
particular na qual alcançamos eleger as criaturas
que aterrorizam somente alguns.
Aqueles que desabrocham de um mitismo privado,
engendrado em nosso conflito com o verídico,
continuamente superior e assustador",
verdade que segue os seus passos in-finitos à luz da oliveira
res-plandescendo às estrelas e lua as angústias e náuseas dos mistérios e
vir-a-ser disto e/ou daquilo seduzido pelos numinosos raios do sol, delícia
estar deitado na sombra de uma árvore frondosa, perscrutando as nuvens brancas
e azuis se performarem no celeste, o espírito e alma tocados de desejo do
Verso-Uno, a beleza do estar-no-mundo à busca do verbo que se re-vela verdade
que segue, lado a lado, a águia da sabedoria e dos mistérios do perpétuo e do
abismo inevitável em seu vôo seguindo a visão do além adiante, sempre adiante,
o Nada e o Verbo, da falência do Nada, o genesis do Tudo, crônica da casa iluminada
só que o arco-iris não estar riscando de limite-e-trans-cedências o celeste do
eterno, a além-do-eterno, caminhada para a sabedoria do tempo e dos ventos,
acesso sublime ao éden da arte e do ser, o éden é a origem da arte e a arte é
rio das águas cristalinas, límpidas seguindo os verbos taos que levam ao ápice
das montanhas que velam as cintilâncias das estrelas, brilhos da lua, o
In-finito por todas as pectivas, por todas a imensidão do mundo, em algum lugar
a choupana da criação, tessitura de vitrina na arquitetura da casa-do-ser,
inspiração, re-criação, in-venção, a choupana de verbos e criação, a choupana
de idas e chegadas, a cada passo outros caminhos, outras esperanças, sonhos,
utopias, a caminhada faz os caminhos...
(**RIO DE JANEIRO**, 22 DE NOVEMBRO DE 2017)
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