COMENTÁRIO CRÍTICO DA POETISA E ARTISTA-PLÁSTICA Graça Fontis AO TEXTO /**YALAS DE SOLIDÃO E SILÊNCIO**/
Nada há e há tudo nesse resplandecer na plena aurora do infinito
imaginário, versejando belezas, desejos, querências e enigmas. .Há conscientes,
outros inconscientes...sondando o profundo desse universo tão avidamente que
mesmo o som inaudível dentre silêncio e palavras vislumbram na mais bela
exteriorização...como um rio caudaloso banhando poeticamente as margens da vida
nesse espaço onde a seriedade, quiçá o lúdico, de forma linguisticamente hábil,
explora e lambe todas as possibilidades do até então impossível mas...possível
sempre para o Grande Escritor. ..sem dúvida! Aplausos Poeta!
Graça Fontis
Em verdade, em verdade, o termo "Yala" é neologismo criado por
mim. Remontando à sua criação, havia-me encontrado com minha sobrinha Iana
Lacerda Dotti Becattini frente ao ex-Cine Marabá, na cidade de Curvelo, Minas
Gerais. Despedimo-nos. De imediato, veio-me o termo "Yala".
Atribuí-lhe então o sentido de "espectro" de luzes entre a solidão e
o silêncio.
Você, Graça Fontis, percebeu e intuiu perfeitamente, aliás esclarecendo
que a "Yala" é um re-curso, uma forma linguística que verseja as
belezas, desejos, querências e enigmas, construíndo a dimensão Estética da
Poesia, re-velando o in-audível do silêncio e palavras.
Neste comentário, você manifesta com percuciência e sabedoria os
interstícios da alma do poeta, mergulha profundamente na Metafísica do lúdico.
Parabéns, Companheira e Esposa!!!
**YALAS DE SOLIDÃO E SILÊNCIO**
Yalas res-plandescentes de idílios de verbos pre-figurando de imagens as
travessias de uni-versos a horizontes, vice-versa, versando as paisagens
lívidas de perspectivas de belezas uni-versais, cântico dos cânticos,
ad-versando as pontes partidas com espectros do além, re-colhidos e a-colhidos
nas ampulhetas re-veladas no longínquo e distante confins, versejando poiéticas
poiésis do efêmero a deambular, perambular nas alamedas da solidão secular e
milenar, tresloucado de utopias de ser a esperança a última que fenece, quê
encontro mágico e místico do efêmero e infinito, aquele quebra-dimensões bem
cinchadito no máximo, mas, infeliz e inevitavelmente, desembocava no nada,
vers-ificando de trans-versais e trans-cendentais métricas e rimas a liberdade
de os vestígios do ser se espalharam por todos os cantos, abismos, beira-mares,
florestas, cavernas de estalactites pingando no lago as gotas de águas, volos
do inesquecível, ex-tases do in-inteligível, rituais místicos e míticos, tudo
atrás sendo lendas e nas sendas futurais do sonho se reunirem, comungarem-se,
aderirem-se e outras dimensões sensíveis da verdade se a-nunciarem,
re-velarem-se, quê leveza de inauditos segredos e mistérios a per-vagarem pelos
pampas silvestres, pelos vales naturais, no alvorecer de outras cintilâncias e
brilhos do que há-de ser trans-elevando os sentimentos aos recônditos do
In-finito, no crepúsculo de sombras e penumbras o silêncio se
pres-ent-ificando, tempo de preces jubilando glórias e conquistas, querências
de outras quimeras e fantasias, sorrelfas e imaginações fertéis para a
continuidade da jornada, para a peregrinação ao longínquo do horizonte,
distância de confins, onde a plen-itude com toda a sua alvissareira fulgurância
res-plende as alegrias do eterno, em cujos interstícios recôndito flora o ser
de todos os verbos defectivos e completos.
Yalas fosforescentes de luzes cintilando de entre-linhas do dito e
inter-dito os genesis das nostalgias re-vestidas de in-efáveis enigmas do tempo
e do ser que nos interstícios do vento peregrinam pelos séculos e milênios, das
melancolias in-vestidas de cor-agem de atravessarem as con-ting-ências das
ipseidades do nada, solipsismos da solidão, voando livres pelo espaço à busca
das ausências e faltas que lhes fizeram vazias e com elas preencherem a
solidão, vivenciando a compl-etude, que dialética do dentro e fora sérá eficiente
para perpassar as venezianas das plen-itudes do tempo e saciar a sede da
verdade, saudades plenas de lusitanias dos longínquos sentimentos estéticos do
belo e da beleza, distantes emoções da felicidade e do prazer de con-templar a
lua e as estrelas sob o véu da neblina, sob o cortinado do orvalho, chove a
cântaros nas plagas da terra. Yalas incandescentes de indícios, precipícios,
solstícios, lembranças pervagam leves as sedas do tempo, a vida, a travessia,
Ishdim deambulando livre nos góticos sítios de horizontes resplandecidos de
perfumes dos verbos, à soleira da eternidade versejando as sorrelfas efêmeras
do absoluto. Além, aquém, algures, alhures. In-fin-itivos gritos antigos do
pleno, das plen-itudes do In-finito a ensejar o vir-a-ser, o há- de ser a
re-velação cristalina do inconsciente, seus mistérios e enigmas, memórias
transparenttesm auscultar o som que existe entre a palavra e o silêncio. Nada
há de poesia. Nada há de poiésis, nada há de poiética, nada há de po-emática,
nada há de metafísica ou ontologia, semânticas e linguísticas.
Manoel Ferreira Neto
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