#AFORISMO 381/GÓTICOS SÍTIOS DE HORIZONTES RES-PLANDESCENTES DE PERFUMES DOS VERBOS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Góticos sítios de horizontes res-plandescentes de idílios de verbos
pre-figurando de imagens as travessias de uni-versos a horizontes, vice-versa,
versando as paisagens lívidas de perspectivas de belezas uni-versais, cântico
dos cânticos, genesis do cosmos, ad-versando as pontes partidas com espectros
do além, os lotes vagos com flashes do além, re-colhidos e a-colhidos nas
ampulhetas re-veladas no longínquo e distante alhures, versejando poiéticas
poiésis do efêmero a deambular, perambular nas alamedas da solidão secular e
milenar, tresloucado de utopias de ser a esperança a última que fenece, quê
encontro mágico e místico do efêmero e infinito, fenecimento e mítico, que
des-encontro espetacular, mítico do nada e do sublime, aquele quebra-dimensões
bem cinchadito no máximo, mas, infeliz e inevitavelmente, desembocava no nada,
vers-ificando de trans-versais e trans-cendentais métricas e rimas a liberdade
de os vestígios do ser se espalharam por todos os cantos, abismos, beira-mares,
florestas, cavernas de estalactites pingando no lago as gotas de águas, volos
do inesquecível, ex-tases do in-inteligível, rituais místicos e míticos, tudo
atrás sendo lendas e nas sendas futurais do sonho se reunirem, comungarem-se,
aderirem-se e outras dimensões sensíveis da verdade se a-nunciarem,
re-velarem-se, quê leveza de inauditos segredos e mistérios a per-vagarem pelos
pampas silvestres, pelos vales naturais, no alvorecer de outras cintilâncias e
brilhos do que há-de ser trans-elevando os sentimentos aos recônditos do In-finito,
no crepúsculo de sombras e penumbras o silêncio se pres-ent-ificando, tempo de
preces jubilando glórias e conquistas, querências de outras quimeras e
fantasias, sorrelfas e imaginações fertéis para a continuidade da jornada, para
a peregrinação ao longínquo do horizonte, para a bohêmia às soleiras do finito
distância de alhures, onde a plen-itude com toda a sua alvissareira fulgurância
res-plende as alegrias do eterno, em cujos interstícios recônditos flora o ser
de todos os verbos defectivos e completos.
Góticos sítios de ogivais luzes cintilando de entre-linhas do dito e
inter-dito os genesis das nostalgias re-vestidas de in-efáveis enigmas do tempo
e do ser que nos interstícios do vento peregrinam pelos séculos e milênios, das
melancolias in-vestidas de cor-agem de atravessarem as con-ting-ências das
ipseidades do nada, solipsismos da solidão, voando livres pelo espaço à busca
das ausências e faltas, sedentas de silêncios e nada que lhes fizeram vazias e
com elas preencherem a solidão, vivenciando a compl-etude, que dialética do
dentro e fora será eficiente para perpassar as venezianas das plen-itudes do
tempo e saciar a sede da verdade, saudades plenas de lusitanias dos longínquos
sentimentos estéticos do belo e da beleza, distantes emoções da felicidade e do
prazer de con-templar a lua e as estrelas sob o véu da neblina, sob o cortinado
do orvalho, chove à cântaros nas plagas da terra.
Góticas frinchas incandescentes de indícios, precipícios, solstícios,
lembranças pervagam leves as sedas do tempo, a vida, a travessia, Ishdrim
deambulando livre nos góticos sítios de horizontes resplandecidos de perfumes
dos verbos, à soleira da eternidade versejando as sorrelfas efêmeras do
absoluto. Além, aquém, algures, alhures. In-fin-itivos gritos antigos do pleno,
das plen-itudes do In-finito a ensejar o vir-a-ser, o há-de ser a re-velação
cristalina do inconsciente, seus mistérios e enigmas, memórias transparentes
auscultar o som que existe entre a palavra e o silêncio. Nada há de poesia.
Nada há de poiésis, nada há de poiética, nada há de po-emática, nada há de
metafísica ou ontologia, semânticas e linguísticas.
(**RIO DE JANEIRO**, 13 DE NOVEMBRO DE 2017)
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