#AFORISMO 367/TEMPO DE INFRA-SILÊNCIOS QUE AD-VERBIAM O VERSO-UNO DAS IMPERFEIÇÕES# - GRAÇA FONTIS: ESCULTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Infra-silêncio.
Tecituras de re-versas imagens a-nunciadas trans-parentes, re-veladas
miríades de luzes, pers-pectivas de sentimentos vivos, alucinantes, sensações
advindas do vento esplendendo aos horizontes longínquos desejos, emoções,
ex-tases, clímax, peregrinas inspirações do amanhã re-vestido de sublim-itudes
do pleno, in-vestido de esperanças da verdade, sibilos do vir-a-ser, silvos de
nevascas emoções eivados de ritmos, melodias, acordes compondo do
infra-silêncio o cântico solene e leve de verbos que, incidindo no espírito da
alma luzes do ser, iluminam veredas e sendas re-fletidas nas paisagens que
pres-"ent"-ificam o In-finito, travessia. Quiçá de re-versos
in-versos - solidão na moldura ao vento de cicios. Na coluna dos tempos o
condor con-templando o In-finito.
Parece haver sido há tempos
Perdidos nos dedos, há tempos
Esquecidos nas mãos vazias,
Fora há dias poucos,
Soube a sabedoria percorre vales, bosques,
Re-vestida de verbos esplendendo aos horizontes,
Peregrinas inspirações do amanha re-fletido
Na solidão da moldura ao vento de cicios voltados.
Parecem cicios voltados
Aos verbos a comporem a performance
Das paisagens re-fletidas sendas e veredas,
Infra-silêncio
Canção romântica e suave cuja lírica
São as sublim-itudes do pleno,
O sonho uni-versal da humanidade
Estas re-flexões na algibeira e alforje dos desejos e vontades,
A sabedoria percorrer vales, bosques,
Perpetuando as dúvidas, inseguranças, desolações e desconsolos,
Mundo das con-tingências...
Tecituras de in-versas faces do efêmero re-veladas cristalinas,
retros-pectivas de ideais do eterno perpetuando versos de esperanças, res de
pectivas estrofes da liberdade a trans-elevarem a alma aos auspícios do
uni-verso onde águias sobrevoam a con-templarem o mundo das con-tingências,
sonetos de inspiração da verdade entre rimas e métricas das utopias do tempo.
A solidão duplica o sentido,
Línguas e toques de dedos,
Construindo outras liberdades de realizar
As coisas almejadas,
Silêncio e silêncio comungados, compartilhados,
Solidão e solidão aderidas, divididas
Nas conquistas e decepções,
Entregam-se aos desejos da peregrinação,
Do ser, luzes da alma.
Tempo de INFRA-SILÊNCIOS...
Composições do futuro vestido de etern-itudes in-fin-itivas das estesias
do absoluto. Quiça de poéticas subjetividades do espírito - solic-itude no
retrato do tempo, a areia da ampulheta caindo de leve, levemente, os ponteiros
deslizando-se lerdos no relógio... uma eternidade de um minuto a outro
Imagino que, hoje, alguém que pudesse ler estas traçadas linhas
compreendesse e entendesse o que semeio de sementes a respeito de o homem ser
sua solidão na existência, e também na morte prossegue esta verdade, solidão na
morte. Sentira profundo o que é isto, mas noutra época de sua existência, seria
que sentisse o que sinto por apenas aventar uma reflexão no instante de
revelação da idéia? Se o sentir, compreenderá a solidão é a nossa origem desde
a idéia da virtude da identidade.
No retrato do tempo vislumbro à toa
Os ideais do eterno, puras inspirações das utopias
No tempo da verdade, memórias das in-verdades,
Se as compreendemos, entendemos
Ou simplesmente as elencamos, in-vestigamo-las,
Ou simplesmente as escolhemos, averiguamo-las,
Ao longo das situações e circunstâncias?
Do eterno, o mundo das con-tingências,
Das con-tingências, o mundo do eterno,
Belíssima inspiração,
Contudo, fazer este mundo
- Quê mundos andados, trilhados, pisados!...
Além, místicas quimeras, tessituras de versos ad-versos no
"zigue-zague" do ser e não-ser pres-"ent"-ando de conúbio
de prazeres e sensações da estesia o in-fin-itivo do tempo que risca no
horizonte a linha do perene que leva ao sem-fim das trans-cendências, diante de
nívea trans-lucidez que re-colhe e a-colhe a a-nunciação do que vers-ifica e
vers-eja
a fonte e origem do há-de ser a caminhada
que faz o caminho
- só a caminhada faz o caminho! -,
Versos ad-versos no "zigue-zague"
de nívea trans-lucidez que colhe o conúbio
do ser e não ser
"PRES-ENT-ANDO"
as estesias do infinito do tempo que
esgarça as místicas quimeras,
a fé que re-vela as dimensões sensíveis do ser-verbo, ponte para a alma
do espírito refestelar-se no "vai-e-vem" da rede, sob a pre-sença das
estrelas e lua, brilhos e cintilâncias balletizando indícios e vestígios do
vir-a-ser, solsticiando o crepúsculo dos sonhos à mercê das dimensões do baile
no banquete do porvir as futurais cotidian-idades, ins-critas, pers-critas na
soleira das plen-itudes uni-versais do verbo em questão de liberdade,
tabernáculo da liberdade de se ser o que se é, opúsculo de sonhar o não ser que
ilumina o ser de miríades do tempo,
tempo de infra-silêncios que ad-verbiam
o verso-uno das imperfeições que ex-tasiam
os in-terstícios do silêncio aos linces
da visão lúdica da etern-idade,
o infra-silêncio que na Linguagem se per-veste do ser
na re-vers-itude do que há-de con-templar
o tempo no verbo das infin-itudes do que há de templar a poesia do ente
das trans-cend-ências, a poiésis da con-ting-ência à luz do ser incindindo no
In-finito buscas, esperanças, desejos, vontades, ex-tase do belo e estético.
(**RIO DE JANEIRO**, 02 DE NOVEMBRO DE 2017)
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