#AFORISMO 422/MAESTRANDO SOM E PINTURA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Deve ser a música o húmus, a semente,
o grão
que fecunda o som dos sentimentos
e das emoções, o ritmo das utopias e felicidades,
a melodia dos desejos e vontades da liberdade de ser,
de ser a liberdade de querenças e desejanças outras
que continuam a fecundar
o peito de amores e resplendores,
palavras de poeta? Não,
palavras de quem isto sente.
E quem re-presenta na imagem, na pintura
os sons da música
do espírito e da espiritualidade
deve ser não a musa que inspira
mas a inspiração
que é musa
a "Majestade do Som e Pintura"
Devem ser ainda a luminosidade, a luminância, a numinância a abrilhantar
as lágrimas, a refulgir suas pingas, largar-lhes ao aspecto dos simulacros
clandestinos, suas ópticas visionárias pelas casualidades do brilhante e do
prestidigitador, seus cantos trans-lúcidos, trans-numinosos de colorações e
riscos di-versos de sentir e misticismo,de vislumbrar e miticismo, atirar-lhes
a cilada, acarretando-lhes suas profundezas aos coriscos do sol, a claridade da
lua e das estrelas, sob a claridade das locuções, é quimera, é fantasmagoria
secular e milenar, sê-lo-á por eternamente, os seus riscos pintados de
vivenciados dédalos - preparativos
De hemolinfa nas veias do susceptível e do perene anseio das boninas do
éden divino acarretam, de modo elementar e instintivo, às estremaduras e ao
sesso do Empíreo divo dos criadores?!
Devem ser ainda as labaredas a abrasarem as sensualidades,
des-ampará-las independentes para a sublimidade do que se me comunicou bem
consciência? Deve ainda ser a lapeira a altear-me as sensibilidades, experimentar
seus resplendores dentro em mim, insinuando-me a enredar literaturas distintas,
poemas sui generis, experimentando diversos cosmos de percepções, diferentes
impressões existentes se declarando, abrilhantando algumas tenebrosidades que
posso sofrer, assombramentos que posso entrever, engolfar-me neles, assim
percebendo um pouco do que ocultam, do que en-velam, em dialecto e espécie
alegóricos e racionais, morais?
Devem ser os acordes, ritmos,
melodia, harmonia
olhados pelos linces da imagem,
as metáforas dos sonhos,
utopias,
as linguísticas e semânticas
do Verso-Uno,
NÓS,
devem ser visões do uni-verso
músicas que tocam
o verbo do Ser
nas cordas de violão.
Conjecturo-me assim, são esses os interpelamentos que me faço,
sugerindo-me a dizer o que me irrompe, o que intervém nas bordas deles, como
sou apto, é-me lícito compô-lo.
Tudo continua em tranquilidade, como um duplicado mutismo; tudo continua
em plácidas águas perfilhando o roteiro, todos os seres de sua profundeza em
imperecível frenesi, fruindo formosuras e quietações, florando estesias e
seren-idade, repimpando-se de quietudes e deleites, outra perspectiva de
estesia, de bonitezas e o harmonioso arrebatando os mergulhões, sucedendo de
por baixo de ligações, tudo detém-se em luminosidades fosforífero à diafanidade
dos anseios e esperanças, da crença e de cada as fantasmagorias do estético e
da pulcritude, da estesia das querenças à claridade das entalações e dádivas
verídicas e autênticas.
(**RIO DE JANEIRO**, 28 DE NOVEMBRO DE 2017)
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