#AFORISMO 416/CORTINA DE MARESIA, MARIA FUMAÇA AO MEU REDOR# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Pers de yalas luminando de essências in-finitivas do in-finito os
su-juntivos que per-vagam os horizontes longínquos que perambulam os uni-versos
verbais do in-consciente divino,
Tim... tim... tim...
Viola e violino...
que deambulam as arribas do tempo, subjetivando de eidos do nada os
templos de efígies da fé no que há de além ser,
Cortina ao meu redor,
- ninguém nunca pensou no que
há para além desta
cortina,
cortina de fumaça
Maria Fumaça,
mesmo dissipando, dissipar-se,
o in-audito permanece
aos olhos, aos olhares insensíveis,
enigmas
de verbos in-fin-itivos
a fin-itivarem ,
a decifrarem, em uníssono, ;
quiçá por ser só minha,
para além do que é meu
que interesse despertaria
nos outros? -
A janela, a abertura...
Cortina de maresia,
Noite alta de lua cheia,
às sensações ampliando,
amplia
a luz estrídula,
sinas e sagas
a artificiarem o perfume da
rosa recém-brotada
no amanhecer,
o silêncio, a solidão
continuam
... na orla do mar,
nas águas serenas...
Fantasias, ilusões
Ei, nostalgia! Nostalgia que flana
no ar,
Ei, melancolia! Melancolia que voa
pelos tempos,
Pretéritos, outroras,
o que se lhe vai nos ventos,
aquela luz de dar
muito mais que nas mãos,
separadas,
recebê-las; numinando
de eidéticas regenciais, cernes gerenciais da etern-idade os gerúndios
vivenciários e vivenciais, que peregrinam nas flores e abismos, re-colhendo,
vagabundeando nos cactus e bosques, a-colhendo ventos e orvalhos que seivam o
vazio de iríadas do sonho de receber o múltiplo re-novando a cor-agem de prolongar-se
à busca da sabedoria, do saber, comungando-se às etern-itudes, re-fazendo,
assim, as paisagens das travessias para a verdade que se move na con-tinuidade
ec-sistenciária e ec-sistencial
do tudo-nada,
nada-tudo das con-tingências
de dores e sofrimentos,
suprassumindo-as,
elevando-se aos auspícios do além,
re-velando,
assim,
as divin-itudes do ab-soluto, ipsis litteris do espírito, ipsis verbis
da inconsciência, evangelizando as esperanças do sublime cântico verbal e
verbalizado de éresis do silêncio, lumiando as ipseidades linguísticas e
semânticas do efêmero que nad-ifica as poiéticas do verso-uno solipsista do
"cogito ergo sum" desvairado,
no meu espírito alucinado,
o sol
é porto sombrio
as balsas, barcos que saem
são árvores ao sol,
as gaivotas, outras aves
voando,
são miríades de raios,
a alma é turva, sombria,
o espírito deseja buscar,
procura re-cantos, cantos
e mistérios, enigmas
e portas ocultas,
o oculto admira-me, encanta-me,
o meu mundo,
o mundo de mim,
seguro, o meu descanso;
Sei guardar o silêncio, o emudecimento,,
não esquecer o inolvidável,
não esperar o que nalma
não está escrito, não lhe é o eidos...
vers-ificando e vers-ejando as falácias da estética sensível e
espiritual do verbo in-trans-itivo; viver, verbo in-trans-itivo da dialética do
bem e do mal, quando os dogmas do mal são éritos genéticos da ressurreição,
os preceitos e conceitos,
verborréias e falácias,
inda que ad-versos às simil-itudes do in-finito
e finito do bem,
são pedras angulares para as águas cristalinas do rio sem margens no
trans-curso da viagem encontrarem as pálidas trevas do destino, desde a fonte
originária das águas, espaço a ser per-corrido, nenhum destino é promulgado, a
liberdade eidética do deixar-se aberto à peregrinação habita-lhe os
interstícios de suas it-itudes líquidas, it-idades moleculares, desde sempre as
águas são travessias, travessias in-auditas para além-tempo da espiritualidade,
sons in-audíveis para aquém-tempo dos instintos solertes.
Crônica do In-finito que de éritos e iríasis esplende a poesia
vers-ética, sensibilidade e subjetividade do verso, por inter-médio de
metáforas e sin-estesias, da estrofe por pedras angulares
e de toques ascendem as luzes,
luminantes e luminárias
às essenciais efemer-idades
aos cernes do que se cristalizará;
do absoluto e etern-idades do nada
aos instantes-limites,
absurdo,
Não desejo a viola toque serena
contingências esplendorosas
Verta lágrimas límpidas
nos olhos de quem chora,
Não aspiro a música tocada no violino
sublima as saudades distantes,
longas,
verbalize sim os ideais
da sublimidade e humanidade
do "Ser"
Lendo as semânticas e linguísticas das éresis do silêncio, desperto as
pétalas do desejo, vontade da vida, suprem-itude do amor ao ec-sistir da vida,
da liberdade ao e--xis--tir das falhas, falências, faltas.
Con-templando
as metalinguagens e metafísicas
das iríasis da luz
que alumia a soleira da gruta
solitária do vale,
que perpassa a frincha da árvore,
na calçada empoeirada
formando um círculo...
Metalinguagem do nada, querência, desejância de ec-sistir no nada,
re-criando e re-fazendo o "eu" com as ipseidades kathárticas do
"cogito ergo non sum", alma sensível e pura de sentimentos, poiésis
da fin-itude ainda que a morte se enovele de nonsenses da travessia,
acoberte-se com o sudário da consumação, re-colha-se em absoluto no inferno do
não-ser, mansarda apocalíptica do abismo e suas eréticas dimensões re-nasçam
para a vida a cada passo entregar-se às suas ilusões e idílios da perpetuidade
da ressurreição no aconchego do perdão pelos pecados do tudo em nome e
sobrenome das mauvaises-foi da con-ting-ência do não-ser à busca dos lenitivos,
em verdade, em verdade, à busca do que ameniza as angústias do efêmero ser o
prenúncio,
a consumação do nada,
por vezes arrebita o fim da palavra
com um gesto de elevar o tracinho para cima,
a palavra se envaidece
de suas linguísticas e semânticas
da vida-nada do vivenciar
a ec-sistência sob a luz cintilante
e brilhante das querenças
das verb-idades da Estrela Polar,
sentindo no mais íntimo
saber a ec-sistência
é com-preender a liberdade
é o eidos
do destino a ser traçado
de decisões e consequências,
seguindo no deserto a retina que re-colhe e a-colhe as a-nunciações e
re-velações de viver o "eu poético"!, que é sensibilizar,
espiritualizar, evangelizar e divin-izar o sendo-em-sendo do sublime desejo do
Nada, In-fin-itivo do Ser de verbos vivenciados sob a alma de éritos, iríasis
do que sinto nos recônditos e interstícios de mim,
o mim do eu subjetivo,
o eu do mim,
subjetivo do eu-mim
mim não conjuga verbos,
"mim é" só na terra dos índios
caminho sem ninguém
pelas ruas de mundo,
semente, húmus, pedra de toque do Espírito-Uno vers-ático da Esperança.
(**RIO DE JANEIRO**, 25 DE NOVEMBRO DE 2017)
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