#AFORISMON 418/VERDADES CONSOLIDAM-SE ATRAVÉS DOS TEMPOS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/TÍTULO/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Luzes, sons e versos...
Querendo só saber de você,
acariciar e sentir
a sua alma, o seu espirito,
Tudo em você,
Tudo
Atrai-me...


Verbos de conúbios multiplicam sentidos,
Subjetivas inter-pretações culminan de ilusões
Verdades absolutas,
Sonhos esplendem em horizontes diáfanos
Pectivas efêmeras de pers, eclipses versos
Estendem palavras eivadas de inter-ditas significações
Ao longo do tempo longínquo,
Não sei se a saudade fica, se ela vai embora
se gosta de mim,
Espalhado ao léu além mar, Mares de sentimentos e afagos,
Pervagando ventos, brisas anelantes de desejos
Plenos, perenes, perpétuos.
Volúpias, êxtases, clímaces de esperanças,


TUDO EM VOCÊ
ATRAÍ-ME:
quem contempla este amor,
quer sentir-lhe inda mais
Abrindo de confins as bordas de arribas,
O astro-sol cochila brilhos incandescentes,
Vaga-lume, lume, lume, incidindo nas sombras
Pingos límpidos transparentes.
Iis pingados, sombras artísticas, desenhos estéticos,
Re-velando interstícios de nonadas
Fantasias do espírito desejando o ser-gozo matizando
Clarividências, evidências res de pectivas,


o sentir-se alguém, não verbaliza, não torna palavras sentimentos, um homem forte, cônscio, digere o almoço, uma palavra cheia, se alguma coisa é indigesta, é uma indigestão fisiológica de todo o concepcionismo, accepcionismo, definição do bem, do mal, do existir e viver, mas omitem e envelam o sentimento presente neste olhar as coisas do mundo, o que com elas sonhamos outros panoramas e paisagens.


Sinto-a agora,
Conhecendo-a neste momento,
Sentia-a antes,
Conhecia-a antes,
Sentia-a a todos momentos,
Música que dançamos,
você, deitada no meu ombro,
no meu peito,
as suas fantasias,
por momentos,
o mar aberto para ser con-templado
será eterna,
pássaro rebelde,
será a luz do eterno e do mar...
A lenha queima na lareira dos sentidos,
As chamas de velas no cantinho fora da janela,
Re-flexando as estrelas na imagem éterea-eterna
De algures e alhures cintilâncias, long-itudes carnais,
Fruto permissivo, desde o genesis de origens abismáticas
Às travessias abissais do eterno-etéreo dos conúbios,
Desde os cânticos divinais da serpente inspirada
Na linguística do não-ser à mercê do ser-não
Alvorecer polar de cadentes astros a compor estrofes,
Tematizando e élan de liberdade quae sera eternitis
Lácias declinações, recitando deuterônimos
Perpétuos de nada...


A mão treme, sente-se pingando de letras e sentidos
O ser-de-mim amando à distãncia a outra esperança, sonho
Da sílaba que dividida por hífen é ser que se faz continuamente
E a continuidade é ponte trans-cendente para a etern-itude-etérea,
é música que pintou o quadro
com o pincel da ilusão,
com o som do eterno,
Para a etern-idade-efêmera da vida-morte,
Trans-estrelada de melancolias, nostalgias, saudades
Do além-verbo-de-ser da con-tingência do aqui-e-agora...
Imagem...
Paisagem...
Paragem...
Pintura...


Sou nada,
Sou vácuo,
Sou vazio,
Sou cinzas antes de ser carne e ossos,
Sou o eterno, sou o efêmero,
Sou a morte plena após a vida,
Sou hoje o amor por alguém,
Sou carícias, ternuras, toques,
Sou o eterno deste amor
Que se re-vela de etern-itudes,
Blowin´ in the wind...
Sarapalhando neves e raios de sol
Na extensão disto que é desejar, ter vontade
da sapiência,
na música de raiz sertaneja,
quem chora no ombro
e conta
as mágoas e ressentimentos todos,
amores são carinhos,
amores são ternuras,
amores são faces
do que haverá-de ser...


(**RIO DE JANEIRO**, 27 DE NOVEMBRO DE 2017)


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