#AFORISMO 383/DISCURSO À LUZ DAS RIBALTAS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Verb-itudes...
Yalas de sacros evangelhos no templo, configurando numinosos raios que
incidem nos inter-ditos tabernáculos, perpétuas nos castiçais de vidro, de lado
e outro, ornamentando o cofre do altar, onde o Espírito Santo refestela-se.
Além-infinito na moldura trans-parente do horizonte à luz da neblina do
alvorecer, do orvalho da madrugada, trans-lúcido de introspecções e
per-quirições, pers-crutações. Yalas res-plandecentes vistas além da neve num
baile de performances estéticas, minúsculas imagens con-templadas pelos linces
dos olhos, luzes piscam aqui e acolá desenhando perspectivas, visível do
invisível.
Semânticas de sentimentos em síntese, linguística de emoções comungadas,
ex-tases de desejos, vontades, sonhos de sin-estesias, esperanças de
sin-tonias, sin-cronias, no in-finitivo do tempo, alhures, longínquo, distante,
as in-fin-itudes compondo de silêncios as bordas do uni-verso, sin-fonia de
ritmos e melodias do eterno soprando o ab-soluto, re-colhendo e a-colhendo de
antemão às revezes as iríases do pleno
plen-ificado de futurais ex-tases da verdade,
do que trans-cende o vir-a-ser de perspectivas do além
ver-sificado de genesis,
compl-etude de verbos re-versos
in-versos aos gerúndios e particípios metaforisando
a espiritualidade,
sin-estesiando o ser, o há-de ser de divino, o vir-a-ser das pétalas
vivenciais e vivenciárias de todas as utopias e sonhos, pétalas florando no
des-abrochar de outros horizontes do tempo, a-temporal, in-temporal, o tempo
que se exime na travessia do verbo ao ser, quando o In-finito se estende a toda
a extensão do uni-verso, outras a-nunciações, outras re-velações de verdades
in-estimáveis, verdades que se abrem para o re-colhimento e a-colhimento de
silêncios atrás de outros silêncios, atrás de outros silêncios, convite à
pro-jeção ao inaudito de mistérios e enigmas que velam a lareira de lenhas do
que há de configurar o ser das lev-itudes, de infra-silêncios atrás de outros
infra-silêncios, atrás de outros in-silêncios, semânticas e linguísticas,
linguagens e discursos à luz das ribaltas, ribaltas de esperanças, ribaltas de
sorrelfas e quimeras, ribaltas de fantasias e idílios, ribaltas de
sendo-em-sendo o per-curso, de-curso, in-curso da composição clássica e erudita
da música de lírica inspirada e iluminada no soneto de versos e estrofes da
verdade que, na continuidade das travessias do tempo, con-templa as
a-nunciações e re-velações dos ipsis para a perpetuidade, peren-itude, o eterno
era apenas um érito no in-consciente coletivo e divino, uma er-itude das
con-ting-ências de dores e sofrimentos, completude e ausência, um estilo de
katharsis, sublimação para a vida seguir nas margens da dialética do nada e
efêmero, contradição da verdade e in-verdade, e que as cinzas justifiquem os
ossos das querências e desejâncias do verbo impuro do ser, do in-fin-itivo
maculado do verbo, e a morte é o eidos da vida, o fenecimento, a eidética dos
desejos que não são para real-izar.
Verb-itudes.
Nos interstícios dos inter-ditos e in-auditos dos silêncios e
infra-silêncios, o Espírito da Vida, vice-versa, pre-figurando as essências
metafísicas da Arte e do Ser, as eidéticas ontológicas do Ser-Verbo-da Arte,
aquando o efêmero se re-veste do nada, desemboca nele, quando o nada se
pers-veste do efêmero no simbolismo do subjetivo da metafísica ou na metafísica
do subjetivo sim-bólico, e o In-finito neste ensaio de imagens e iríasis do
tempo pro-a-nuncia as semânticas da linguagem do nada-nonada, a-nuncia o
efêmero-nada , trans-elevados ao eidos da obra, pre-anuncia as linguísticas do
dis-curso do infin-ito verbo de ser para a verdade in-finita do Ser-Verbo do
Tudo.
(**RIO DE JANEIRO**, 13 DE NOVEMBRO DE 2017)
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