GRAÇA FONTIS ESCRITORA, POETISA, CRÍTICA LITERÁRIA, PINTORA E ESCULTORA RESPONDE O AFORISMO 953 /**FILOSOFIA NA LAREIRA DA PURA CONTINGÊNCIA** - PROJECTO #INTERCÂMBIO CULTURAL E INTELECTUAL#
Quê surpresa mais linda, amor, concordo com Maria Isabel Cunha, minha
querida amiga, belíssimo texto, e que andarilho mais danado e indócil, também
um eterno insatisfeito com tudo que já é, mas sempre correndo atrás de novas
descobertas, outras inolvidáveis, num refazer-se pelos confins indeterminados,
mas determinados quanto aos objetivos. .. Grata por mais essa maravilhosa
homenagem. Parabéns a você por estar fechando esse intercâmbio com chave de
ouro! Beijos meu querido.
Graça Fontis
O "Andarilho" é a re-presentação da jornada das letras, as
suas sendas e veredas, sonhos e utopias, projectos e esperanças, sua
personalidade inquieta e indócil, sua insatisfação com o que já é; o
"Sábio" é a representação das Artes, Literatura, Poesia, Filosofia,
como deixa excelsamente descrito nesta resposta.
Creio que assim seja o melhor encerramento deste PROJECTO #INTERCÂMBIO
CULTURAL E INTELECTUAL", o que fui re-colhendo e a-colhendo com a
releitura de todas as críticas apresentadas por todas vocês críticas, a
re-leitura após tempos de publicação traz novas percepções, intuições,
amadurecimentos, crescimentos, concepção de outras estradas a serem
percorridas. Então, criei este Aforismo.
Até dia 17 de julho de 2018, terça-feira próxima, muito há que se criar
para o encerramento, esperando que realize o que está projectado.
Beijos no coração, meu Amor querido.
Manoel Ferreira Neto
Graça Fontis
Uma das primeiras vezes que publiquei obra sem que houvesse lido antes,
era uma surpresa, o meu sensível, espiritual e cordial, almático agradecimento
ao seu Amor, Carinho, Entrega, Dedicação, como Esposa, Reconhecimento,
Consideração, Amizade, Apoio e Incentivo nesta minha jornada para a Literatura,
Poesia, Filosofia, como Companheiros das Artes. Sempre o meu Amor Eterno por
você.
#AFORISMO 953/
FILOSOFIA NA LAREIRA DA PURA CONTINGÊNCIA#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
PROJECTO #INTERCÂMBIO CULTURAL E INTELECTUAL# CERIMÔNIA DO ATÉ ANO QUE
VEM! - 21 DE MAIO/17 DE JULHO DE 2018
Os nossos sensíveis, cordiais, espirituais agradecimentos às críticas literárias,
Graça Fontis, Ana Júlia Machado, Sonia Gonçalves, Maria Isabel Cunha, por toda
a jornada de cinco anos de intercâmbio cultural e intelectual nas asas das
Artes, Literatura, POESIA, INTERCÂMBIO CRÍTICO, Escultura, Poesia, Pintura, e
da crítica sempre fiel e leal, pelos últimos dois anos ao lado de minha Esposa
e Companheira das Artes, Graça Fontis, por tudo que nos proporcionou, carinho,
amizade, reconhecimento, consideração.
Um agradecimento especial a todos os amigos que participaram com as suas
curtições e pequenos comentários, reconhecimento, amizade, consideração
INTÉ ANO QUE VEM!
Um grande abraço e Muchas Gracias a todos
Graça Fontis/Manoel Ferreira Neto
Epígrafe:
"Assim baila o consciente para os pensamentos mais profundos"
(Graça Fontis)
Tarde de inverno, tempo nublado, tranquilo, agradável, sublime, sábio e
andarilho se encontram numa rua esburacada, troncos de árvores nas margens, e o
sábio pergunta ao andarilho: "Andarilho que você é?", perguntou-lhe
gentil e afetuosamente. O andarilho levantou sua cabeça, sua cadela ao lado,
retirando o chapéu, e respondeu-lhe:
Sou a serpente e o mico compartilhando a mesma castanheira, e em paz,
havendo instantes em que o mico performance suas macaquices sobre as costas da
amiga, e esta se deleita.
Sou coruja e canto em noites solitárias, madrugadas silenciosas,
desérticas, clima tropical;
Sou lobo e uivo no pico da colina de costas para a lua minguante, frente
ao vazio do vale;
Sou a baleia e o peixe nadando tranquilos, e os últimos raios do sol no
crepúsculo, ondas longas desfilando nas águas em alta velocidade, o mar bravo,
seguindo profundezas mar, o mar voltará a se acalmar, outras andanças por
outras profundezas...
Sou águia rasgando os céus, ora pairando no ar, asas abertas, inertes,
ora movendo as asas, rumo ao longínquo distante, contra o vento, no seu canto
ouço "Ainda voo contra o vento";
Sou o além, em cuja imensidão condores sobrevoam a liberdade de asas
leves;
Sou o horizonte de travessias, por intermédio das nonadas
transcendo os verbos do tempo, mergulho no ser, in-fin-itudes re-fazendo
desejos de versos metafóricos do sublime, parágrafos metafísicos do belo, da
pureza do puro;
Sou a abertura no topo da mangueira, por onde reflito e penso, medito
isto de haver feito da inteligência a minha defesa, de que alfim a tentativa de
fugir, o que constituía ameaça, de morte ou de alguma perda, algo de valor
inestimável, sinto a presença sobremodo forte do que isto significa, fazendo o
que faço, por inter-médio de atitudes e gestos, a consciência se alcança na
consumação de elas haverem construído um destino, continuamente.
Sou a poeira de estradas íngremes por onde trilho passos
con-templando a long-itude e distância entre o efêmero e eterno, entre o
bem e o mal, volúpia de esperanças de cânticos anti-bíblicos do caos em cujas
cordas de liras, harpas, violinos a melodia for-ever de perenes ritmos revela o
amor absoluto;
Sou o olhar brilhante, perscrutando as estrelas longínquas por cujas
cintilâncias o ser perpassa versos de verbos da alma carente, pervagando a lua
de boêmios brilhos, em cujo útero da poiésis a concepção do belo se projeta;
Sou apelo a algo que não é parte da natureza, isto é, aos valores,
incluindo valores éticos, necessários para racionalizar seu objeto;
Sou o pensar que pensa o pensamento das angústias, tristezas, náuseas da
alma no itinerário da busca do Ser que se re-faz na continuidade in-interrupta
do tempo, habitando-lhe o núcleo a liberdade de re-fazer as orlas marítimas das
re-flexões e ideais, projectos e utopias;
Sou a sede de águas lúdicas-transparentes, cujas gotículas, uma a uma,
são manifestações de outras sedes, de outros desejos da verb-itude da essência-amar,
essência-entregar-me, essência-ser-outro-do-outro, cujas moléculas, química a
química, são perspectivas de primevas ilusões à luz de pretéritos piscando o
presente de "Forever Young" na guitarra espiritual de "Blowin´
in the Wind", "The Boxer", nas cordas do violão violino de
"Gracias a la Vida", violetando a "parra" do eterno à busca
da contingência-nada, nonada-ipseidade, por cujos interstícios a verdade se
emoldura no espelho simples dos versos de Guerra Junqueira, no fingimento
pessoano do re-presentar amor o que é a verdade do amor;
Sou este momento de inspiração, através de cujas imagens, perspectivas e
ângulos con-templo, a-lumbro, vis-lumbro, luz-lumbro o amor-sol-de-viver a
plen-itude, frio de carência a sentir as lenhas do sensível e do espiritual a
queimarem-se, crepitarem-se na lareira da pura contingência-consciência,
liberdade e amor...
Terminada a sua resposta, o andarilho continuou o seu itinerário, o
sábio sentou-se no tronco de uma árvore, olhou em direção ao mar em seu crepúsculo,
pondo-se a refletir...
(#RIODEJANEIRO#, 13 DE JULHO DE 2018)
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