MANOEL FERREIRA NETO ESCRITOR E CRÍTICO LITERÁRIO PRELUDIA A ANTOLOGIA DE POEMAS #O EU LIVRE - POESIA#, DA ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA ANA JÚLIA MACHADO - PROJECTO #INTERCÂMBIO CULTURAL E INTELECTUAL#



#LITERATURA E Ana Júlia Machado, VERSO-UNO DA EXISTÊNCIA# - Manoel Ferreira Neto


POST-SCRIPTUM:


Eis aqui a CRÍTICA LITERÁRIA da Antologia Poética de Ana Júlia Machado, Escritora, Poetisa e Critica Literária, "O EU POÉTICO". Muchas gracias, minha querida amiga, por figurar no seu livro. Muitas felicidades e alegrias.


Manoel Ferreira Neto
(20 DE ABRIL DE 2017)


Em verdade, aquando a escritora, poetisa e crítica literária, Ana Júlia Machado, intimou-me a tecer uma crítica sobre a sua Antologia de Poemas #O EU LIVRE - POESIA" dissera-me que seria publicado de modo especial, antes do PREFÁCIO de Carlos Margarido, português. Uma responsabilidade a mais, pois que teria de ser feito transcendendo a estrutura e a metodologia de um Prefácio tradicional.


Concebi-o neste estilo e linguagem.


Beijos nossos, querida.
Manoel Ferreira Neto
(14 DE JULHO DE 2018)


A Literatura na Con-temporaneidade per-vaga por terrenos baldios procurando um re-canto onde sitiar-se, mas não encontra as condições onde possa crescer, des-envolver-se, evolver-se. Per-vaga, per-vaga, per-vaga.


Seu per-vagar seria um devaneio eterno, se nas sendas e veredas não encontrasse a escritora e poetisa Ana Júlia Machado quem lhe, no instante do encontro, não a olhasse de soslaio, aquele olhar de quem sentia profundo a sua solidão, tristeza, desconsolo, aceitando fazer-lhe companhia nas suas andanças, uma amiga solidária, mas sem se lhe entregar, sem lhe dar a mão para a jornada juntos. Mas algo é in-estimável: quem anda nos sapatos da Literatura não tem escolha, alternativa senão re-colhê-la, a-colhê-la, entregar-se-lhe de corpo e alma. Se antes o olhar de soslaio para a solidão e tristeza da Literatura significava não acreditar trazer em si dons e talentos, insegurança, quiçá medo de uma jornada eterna, a Literatura des-fez-lhe o olhar, mostrou-lhe além de dons e talentos que Ana Júlia Machado possuía, mostrou-lhe a ec-sistencialidade de suas buscas, desejos, sonhos, esperanças.


Em princípio, a alegria da escritora parecia breve, um vislumbramento, alfim uma das dimensões da Literatura é a sedução, sabe seduzir com perfeição, mas ao longo do tempo o que parecia breve, momentâneo re-velou-se eterno, e Ana Júlia Machado tomou da pena, colocou as palavras na mochila, dizendo: "Eis-me aqui, Literatura... Sigamos nossos caminhos juntas".


O que esta fábula tem a dizer: não é o homem quem escolhe a Literatura como seu objeto, utensílio para a vida, é a Literatura que escolhe o homem para a realização dos anseios e esperanças da Humanidade, para o fazimento, feitura do Ser que se faz continuamente na continuidade do tempo.


E por que a Literatura escolheu sua companheira de jornada, a amiga inseparável que lhe devolveu o sorriso na face, a fé de que não pervagaria mais pelos terrenos baldios do mundo? Porque Ana Júlia Machado não dá voltas no "Cogito" das experiências adquiridas, das vivências, sim mergulha nos abismos dos sofrimentos e dores da alma humana, nos subterrâneos do espírito da vontade de liberdade, de conhecimento, de consciência. Traz dos interstícios da alma a realidade humana que não pode desgarrar-se do mundo, ela é a pedra de toque dos desejos, vontades do Ser; traz das profundezas dos subterrâneos do espírito a consciência-{de}-mundo, a visão-{de}-mundo, que são a luz do Ser.
São caminhos de questionamentos, indagações, perguntas abissais, abismáticas sobre o que é isto - a ec-sistência?, sobre o que é isto - o Ser?, sobre o que é isto - as intempéries do estar-no-mundo?


Mas a escritora e poetisa Ana Júlia Machado, consciente de que a sua companheira de jornada não dá res-postas, sim coloca em suas mãos mais e mais questionamentos, entrega-se mais e mais às buscas do Ser, sabendo que a Eternidade é justamente o Sonho do Verbo Amar, e ela revela nas suas Letras o que é isto - amar a Humanidade.


Literatura e Ana Júlia Machado fizeram-se Verso-Uno da Ec-sistência, da Vida.


Manoel Ferreira Neto
(**RIO DE JANEIRO**, 20 de abril de 2017)


(#RIODEJANEIRO#, 14 DE JULHO DE 2018)


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