#AFORISMO 968/ INSPIRAÇÃO NO NOVO ALVORECER# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Élans de última inspiração...
Canto de rouxinóis no crepúsculo, concebendo o alvorecer de pássaros em
uníssono saudando o novo tempo, ensaio de con-fraternização entre prosas e
filosofias de sin-cronias, sintonias, harmonias uni-versais com o que
con-tingencia semânticas e linguísticas do aforismo Ser; de coruja na madrugada
na galha da jabuticabeira ao lado do necrotério, rogando a vida de paz
além-túmulo, o eterno de espiritualidade além contingências da dor e
sofrimento, dúvidas e incertezas.
Re-nasce o aforismo, perscrutando as verdades olvidadas que regem a
vida, regenciam o tempo de sonhos e utopias, gerenciam os ventos do ser e
não-ser, a sensibilidade e a inteligência da intuição, percepção,
visão-de-mundo, visão-da-terra, visão-da-liberdade, visão-do-ser, aspirando
inda mais a consciência-estética-ética, a luz nos caminhos de trevas, o som nas
sendas vazias, síntese da re-pres-ent-ação e pensamento, tecendo a vontade de
sabedoria com os fios de lã da vontade de verdade e as antíteses do sublime.
Nasce a poiésis,
precedendo os verbos,
ante-vendo os in-fin-itivos das ilusões,
gerúndios das esperanças e sonhos,
particípios do nada e vazio,
na alma a pre-sença de medos,
temores do in-audito,
des-conhecido,
sentir mergulhando nos interstícios
das ausências,
nas intuições das faltas,
nas percepções das falhas.
O verbo não é apenas o movimento da coisa ou do sujeito, mas é o próprio
sujeito, à medida em que o nome se re-vele como um verbo trans-mudado. O verbo
pode-se fazer carne.
A metáfora faz-se In-fin-itivo das intenções e desejos E deve estar
atrás de sua dramaticidade a explicação do sujeito. Tornar-se verbo significa
fazer-se movimento e multiplicar-se em vários planos descritivos da realidade,
dimensões sensíveis da alma.
O que fora de primeira inspiração no novo alvorecer dera luz às
travessias de sentimentos, emoções pervagando o tempo, amor florado na floração
dos raios numinosos do sol, liberdade sentida no ser-livre das criações da
perfeição imperfeita, imperfeito perfeito...
É preciso subjetividade para florescer a verdade,
É preciso espiritualidade para iluminar a paz,
É preciso coração para resplandecer a solidariedade, compaixão,
É preciso cor-agem para a vida da solidão,
O auscultar o silêncio na fonte
Metafísica do ser.
Genesis de re-viver outras poéticas versais das querenças, desejâncias
do ser, plen-itudes da esperança mais íntima e profunda, a fé na cintilância do
In-finito que re-vela o nascer do sublime, re-novando o tempo, in-ovando as
fin-itudes, paradisíacas as imagens das flores des-abrochando nos instantes de
con-templação do que há-de ser, exalando o perfume do in-fin-itivo que é fonte
de busca de suprassunção da alma, sentimento profundo do espírito...
Paradisíacas as águas dos rios que seguem os caminhos do tempo em
direção ao além, sempre conjugando o verbo travessia do in-audito ao
perfeitamente audível de sons do eterno, da estesia, extasiando o ouvido para
os sons, ritmos, melodias, acordes do amor-silêncio.
Além de ser-me, ser em mim, re-vivência do outro, orvalho do que
trans-cende, neblina do que trans-eleva, garoa do que trans-diviniza,
espiritualidade in-fin-itiva da poesia, primevo aforismo de élans do puro, da
pureza, magia plena do sonho uni-versal da perfeição, magias orvalhadas do sublime,
do perpétuo, do perene, magias de sutilezas reincidentes, coincidentes.
Élans de última inspiração...
(#RIODEJANEIRO#, 23 DE JULHO DE 2018)
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